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TVTEC Blog com Pedro Fávaro Jr.
02
novembro 2017

Como será o amanhã? Ou já é?

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Por Pedro Fávaro Jr.

Celulares com tevês e acessórios por aplicativos antes inimagináveis, impressoras em 3D capazes de criar objetos, inteligência artificial que iniciada é capaz de reformular seus próprios algoritmos, drones que entregam pizzas e robôs que ajudam pessoas com deficiências de todas as naturezas a se expressarem… Carros que flutuam… Como será o futuro? Ou já é? Ou como pensar e agir nele?

Alguns, mais otimistas, quase que desconsiderando a globalidade do cenário, dizem que estamos muito próximos do tele transporte ou de uma sociedade telepática, como Cláudio Prado, que trabalha com a contracultura desde a década de 1970 e hoje tem seu canal “Delírios Utópicos”, no YouTube. E precisamos mudar os modelos.

Hover, protótipo da VW que usa energia magnética para se movimentar acima do ch

Mais ponderado, Ricardo Guimarães, da Natura, vê de modo quase holístico as mudanças (Natura: Contexto de Mundo) e aponta o conhecimento e a tecnologia com a base de uma sociedade sistêmica.

Talvez você já os tenha assistido. Mas os escolhi como exemplos porque julguei interessantes, como base de reflexão aos queridos leitores e queridas leitoras que não me abandonam jamais (…devem ser uns cinco, rsrsrs…) Para terem uma referência de reflexões sobre as transformações pelas quais passamos, ligadas – penso eu –, aos avanços tecnológicos cada vez mais acelerados e que provocam mudanças de comportamentos e nas relações.

Nos dois casos, as reflexões tem um denominador comum: quem as propõe acredita que as experiências do passado, que nos trouxeram até a Era Industrial 4.0 ou para a Era Tecnológica, ficaram para trás. Desse modo, os novos modelos e novos paradigmas são essenciais. Ou é necessária uma melhor compreensão do que vivemos, no mínimo.

Cláudio, no seu raciocínio, fala muito em mudança de paradigma para todas a ns atividades realizadas no mundo. Exemplifica falando do domínio da Suíça sobre os relógios. Ninguém era capaz de fazer um relógio de precisão como o suíço. Mas… o Japão, depois de levar duas bombas atômicas e ser destruído “em todos os sentidos” – diz ele –, começou a se reinventar na década de 1950 e entrou na era eletrônica. E começou a fabricar relógios eletrônicos mais precisos que os suíços e muito mais baratos.

“O futuro é muito mais simples que o passado. O passado é que é uma encrenca. O futuro está muito mais fácil de digerir. A maior dificuldade é você querer manter o passado funcionando”, raciocina Prado e garante que empresa, emprego e trabalho serão muito diferentes dos do século 20, neste século 21. Mas do que cuidar da economia e ter um Ministério da Fazenda, Prado sugere aos governo um Ministério da Felicidade para este século.

***

Guimarães, da Natura, em seu Contexto de Mundo, caminha na mesma direção. Fala sobre a relação como o futuro de todos nós. Mostra o mundo como um cardiograma iniciado com traços – “as coisas parecem mortas, quase mortas e passam a ter uma animação, vida que não tinha antes” – diz apresentando o gráfico. Tudo ficou acelerado, segundo ele, em razão da Tecnologia de Informação.

Ele apresenta o mundo do século 20 baseado na instituição e funcionando de modo simples, era controlável, previsível. “Acontecia uma coisa de cada vez. E nós nos sentíamos muito seguros porque tudo permanecia igual por muito tempo”, explica. O indivíduo se submetia ao grupo e a vida seguia em frente. Deu certo por um bom tempo. Com mais gente no mundo e novas tecnologias, todo mundo tomando decisões o tempo todo o mundo ficou instável, rápido, imprevisível, fora de controle, complexo e a instituição deu lugar ao indivíduo. O mundo trabalha sem precisar das estruturas e da permissão das instituições.

O mundo – na visão dele – saiu de um caminho de independência para se chegar ao sucesso, para uma via de interdependência: a sociedade industrial e lastreada na instituição deu lugar à sociedade do conhecimento, fundada no indivíduo conectado em rede. No ambiente anterior, as boas empresas funcionavam como “relógios suíços”, sem vida, isolada do ambiente, onde o empregado era peça da engrenagem. O futuro era igual ao passado. Mas com o ambiente ficando mais veloz, foi preciso aprender a evoluir para não desaparecer, aprender…

“Não pode ser relógio. Tem que ser sistema vivo, interativo, que aprende sem parar onde as pessoas não podem se peças, porque são células vivas, sensíveis, críticas, interativas…”, argumenta. Para dizer que a boa notícia é que sabemos como trabalhar em sistemas, já que nosso corpo é um sistema. “O ponto mais importante para a saúde do corpo é a interdependência. Será o mundo do NÓS, da COOPERAÇÃO e da INTERDEPENDÊNCIA, para resumir. “Será importante olhar para o nosso interesse individual e o do todo ao mesmo tempo”, sintetiza.

Acreditem se quiserem, meus queridos e queridas, existe uma corrente recente de pensamento, iniciada também no século 20, mas retomada agora, que sugere a INTERDEPENDÊNCIA como superada e aponta, como chave-mestra para que cheguemos ao sucesso e equilíbrio sugeridos por Guimarães ou mesmo ao ministério da felicidade reivindicado por Prado, a TRANSDEPENDÊNCIA.

Mas…”e sempre tem um mas” –, garantia o polêmico escritor maldito, Plínio Marcos e, também, como acrescentaria com sua risadinha mordaz, o amigo jundiaiense Ademir Fernandes, “aguardem senhoras e senhores, voltaremos ao assunto”, porque aqui a coisa ficou espichada demais…



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Link original: https://tvtecjundiai.com.br/tvtecblog/2017/11/02/como-sera-o-amanha-ou-ja-e/

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