Na Copa do Mercado, vence a seleção mais cara!
Leia mais Crônica ▪ Esporte ▪ Copa do Mundo da Rússia ▪ França X Corácia 2018 ▪ Pedro Fávaro Jr.Não foi nenhum 14 de julho de 1789 e nem era a fortificada Bastilha. Foi um 15 de julho de 2018, longe de Paris, em Moscou, no Estádio de Luzhniki, com premiação embaixo de chuva. Mas foi dia de gloria. De fato, depois de um mês, “o dia de glória chegou – le jour de gloire est arrivé”, ou voltou, repetindo 1998 – le jour de glorie est répétér 1998. Se lá atrás foram, no 12 de julho de 1998 foram 3 a zero contra o Brasil, neste domingo glorioso de novo foram 4 x 2.
Não dá para considerar um Modric – apontado como o melhor jogador da valente Croácia – como um Maximilien François Marie Isidore de Robespierre. Nem achar que Mbappé semelhante a um Louis XVI de Bourbon ou mudar o lema da Revolução (Égalité, Liberté, Fraternité) para Égalité, Liberté, Fraternité e Mbappé!
Não foi batalha sangrenta, nem teve guilhotina, embora o ataque francês bem afiado tivesse achado o caminho do barbante quatro vezes. Aliás, no caso de ficar sem a cabeça, se houvesse empate no tempo normal, Lloris seria o candidato prioritária à decapitação pelo presente do segundo gol dado aos croatas.
Nem foi uma Copa do Mundo de futebol revolucionário. Porém – e sempre tem um porém, nesse caso felimente – venceu o futebol mais bonito, menos pragmático, que para muito além de buscar o resultado a partir do domÃnio de bola, buscou a rede. Não se engane, ainda o apaixonado: ergue a taça a seleção mais cara do mundo, ainda que não a mais pragmática. Porém, ninguém esqueça, a seleção francesa foi a mais cara (1,04 bi de euros) do torneio.
A nós, brasileiros, do PaÃs do Futebol, restou aplaudir os franceses e chorar a bola que nos faltou e continua a faltar. Mas ora, ora: “se não têm futebol, que joguem vôlei”, eu diria, parafraseando o ditado atribuÃdo à rainha Maria Antonieta – “se falta pão, eles que comam os brioches”… O brioche é um pãozinho clássico francês. Recomendo, todavia, que os brioches sejam recebidos com muito cuidado para não cair…
(Ai…escapou!)
Vive la France!
Sinceramente? Prefiro vôlei, mais emocionante e sinto que tem mais garra.