Neymar caminha para seus 30 anos sem tÃtulo na Copa do Mundo. Perdemos. Agora, de 2 a 1. Só fomos mostrar a raça brasileira nos últimos 15 minutos. Não dava para fazer ali o que não fizemos antes. Levamos nosso pequeno chocolate belga. E chocolate bom é chocolate amargo. Amargamos outra volta para casa frente à uma seleção invicta agora há 23 jogos, que poderá ser a novidade da Copa de 2018. Ninguém se engane: jogo é jogo, chocolate é chocolate e a vida é a vida: que ela siga, pois, com muito esporte, com os aprendizados das derrotas amargas e a doçura de muitas vitórias.
Vamos nós. Sábado é o Dia Internacional do Chocolate. Para quem não sabia, o chocolate é fantástico e praticamente afasta todos os males, embora uma ala conservadora de nutricionistas torça o nariz para a ideia. Eu consegui apurar pelo menos seis propriedade do chocolate pesquisando um pouquinho. Contudo, não há como negar que ele previne os males do coração e também alivia o estresse. Quanto mais cacau tiver o chocolate, melhor, o que torna o chocolate amargo o campeão dos chocolates. E quero falar de campeonato e chocolate. Das duas coisas.
Agora é jogo só de homem grande, gente grande mesmo, como dizia meu tio Augusto Fávaro. “Homenzinho não aguenta. É só encostar que cai”, recordo a fala do tio, ouvindo rádio, na Copa de 1962, há redondos 56 anos – dos meus 64. Jogavam Brasil e os gigantes ‘comunistas’ da Checoslováquia, que naquele tempo existia e a gente escrevia com ‘T’ de tatu. E que desde 1993 virou duas repúblicas – a República Checa e a República Eslovaca. Todo mundo ficava em volta do rádio e o tio de vez em quando sapecava suas frases de efeito, batendo até no locutor paulista de Lins, estreante na Copa do Mundo, Fiore Gigliotti. “Caiu porque é homenzinho. Tem que levantar logo e jogar. Só jogar. Pronto”, aconselhava ralhando com a transmissão.
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Quando o primeiro tempo acabou, com o 1 a 0 magrinho, comecei nova reflexão comparando a seleção do mercado com as seleções do futebol arte, do século 20 – campeã, bi, tri e a que nada conquistou, em 1982, mas é considerada a melhor de todos os tempos (embora eu calcule ser ela pouco mais do que 40% da seleção de 1970 – de Felix, Brito, Piazza, Carlos Alberto, Clodoaldo, Gerson, Jairzinho, Tostão, Pelé, Paulo Cesar Caju, Rivelino e outros). Será que esse futebol vai dar para o gasto?
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Para sapecar a bola na rede, hoje, o atleta profissional ganha milhões e milhões para estudar e treinar, se aperfeiçoar, chegar aos Ãndices bestiais de aeróbica, resistência e precisão para os quais, antes, ninguém ligava muito, porque o divertido mesmo era fazer a bola viajar em lindas parábolas, linha reta ou percursos inimagináveis pela lógica. Essa era a brincadeira. A brincadeira não era saber quem vai dar mais, a Nike, a Adidas ou a Under Armour que batalham no campo da capita mundi, Wall Street, dando suas fintas no mercado. Não. A rainha da brincadeira não era a moeda, era a bola.
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