Paulo Brito*
Desde que o mundo é mundo a educação é um desafio tanto para os que ensinam quanto para os que aprendem: seja a disciplina pescar tilápias ou resolver equações exponenciais, tanto faz, o desafio é sempre o mesmo. Um lado precisa emitir informações e outro precisa receber, e o processo de comunicação entre os dois é bem complexo – precisa de mÃdia, está sujeito a ruÃdos e a mensagem à s vezes precisa ser repetida várias vezes para compreensão, apreensão e memorização de quem recebe.
Milênios atrás, quando ainda morávamos nas florestas e caçávamos, só havia mÃdia primária, ou seja, nosso próprio corpo – nossa voz e nossos gestos – para dar conta da tarefa de educar. Descobrimos que havia mÃdias secundárias quando começamos a bater nos tambores e a gravar com resinas o interior das cavernas – e depois Gutemberg aperfeiçoou isso inventando a imprensa (a mÃdia secundária exige uma superfÃcie que não pertence ao nosso corpo, como o papel por exemplo).
Mas só no século passado chegamos à era das mÃdias terciárias: equipamentos elétricos e eletrônicos que proporcionam a exibição simultânea ou isolada de textos, sons e imagens, ampliando os detalhamentos, as explicações e a compreensão de conceitos à s vezes tão abstratos que desafiam as didáticas mais refinadas. Estas mÃdias terciárias ou multimÃdias estão representadas pelo rádio, pela TV, pelo cinema, pelos computadores, gravadores, smartphones e todos os outros equipamentos elétricos e eletrônicos que servem para intermediar a nossa comunicação.
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