Jundiaí encerra 2021 com 328 casos de dengue
A Vigilância em Saúde Ambiental (Visam) órgão da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) encerrou o balanço do ano de 2021 das arboviroses nesta quinta-feira (20) e, de acordo com os dados, o ano teve concentração de contaminações em alguns pontos da cidade nos primeiros cinco meses. Por isso, o órgão ressalta a importância da prevenção para que em 2022 as ocorrências não se repitam.
Os meses de março, abril e maio registraram o maior número de casos de dengue em Jundiaí, sendo responsáveis por 282 casos do total de 328 pessoas contaminadas no município (casos autóctones’), ou seja, 86% do total. Os territórios mais atingidos foram a região da Vila Comercial e o Jardim Florestal, bairros com características geográficas e epidemiológicas diferentes. Juntos foram responsáveis por 44% do total. Em seguida os bairros Vila Hortolândia, Jardim Tulipas, Residencial Jundiaí, Vila Rami, Anhangabaú, Jardim Novo Horizonte e Agapeama tiveram em média de 13 casos cada, sendo responsáveis por 28,7% das ocorrências positivas.
Com uma média de cinco casos autóctones figuram Jardim Tamoio, Parque Brasília, Recanto IV Centenário, Centro, Engordadouro, Santa Gertrudes, Vila Jundiainópolis, Jardim Tarumã e Rio Acima. Outros 29 bairros contabilizam um caso autóctone, correspondendo a 27,3%.
“Todos os casos foram trabalhados pelas equipes da VISAM, com investigação epidemiológica, bloqueio contra criadouros e no caso da Vila Comercial e Jardim Florestal, controle químico. Não foram notificados casos graves e nem óbitos. Ao todo foram recebidas 1.618 notificações com 1.210 casos negativos (74,8%).
Quanto à chikungunya, outra arbovirose, transmitida pelo mosquito o Aedes aegypti,foram registradas 12 notificações com dois casos autóctones. Não houve notificação de zika.
“Recebemos de outros estados e municípios 80 casos importados de dengue e 2 de chikungunya. Neste momento o clima e a temperatura favorecem uma maior infestação do mosquito Aedes aegypti, com temperaturas elevadas e chuva a qual mantém os criadouros com água, elemento essencial para reprodução do mosquito. A população precisa atuar eliminando esses criadouros, não deixando recipientes que acumulam água, vistoriando seus imóveis para eliminar qualquer estrutura que possa servir de depósito de ovos dos mosquitos”, alerta da biomédica da VISAM, Ana Lúcia de Castro.
As arboviroses são doenças que podem se manifestar de forma grave e levar à morte. “É fundamental se preparar, cuidando dos espaços para que a cidade possa chegar aos próximos meses sem a ocorrência das arboviroses”, lembra.