Urbanismo: Pedestres e ônibus são foco do novo plano de mobilidade
Por Pedro Fávaro Jr.
Logo após o prefeito Luiz Fernando Machado ter confirmado a aprovação de R$ 106 milhões para serem investidos em um novo modelo de Plano de Mobilidade Urbana apresentado por Jundiaí, a Rede TVTEC lançou algumas perguntas ao engenheiro Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, responsável pela Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte. O prefeito havia recordado na mesma ocasião a abertura de processo, dia 27 de agosto, junto à Caixa Econômica Federal, para Jundiaí buscar mais R$ 50 milhões para outras medidas necessárias no mesmo setor. Veja a íntegra das respostas dadas pelo gestor de Mobilidade e Transportes.
TVTEC – Qual a primeira necessidade da cidade, relacionada aos pedestres?
UGMT – A Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) considera como a principal necessidade dos pedestres, atualmente, a facilitação da circulação nas calçadas, em razão da falta de padronização das mesmas. Essa falta de padronização dificulta sobremaneira o deslocamento dos pedestres.
TVTEC – E quais seriam as prioridades para o tráfego de veículos (trânsito em geral) e o transporte coletivo?
UGMT – O transporte coletivo tem prioridade sobre o individual. A pasta realiza estudos para a implantação de corredores com tecnologia de apoio na “semaforização”, a fim de priorizar de modo inteligente o transporte coletivo quando o mesmo estiver se aproximando do semáforo e, também, estuda intervenções viárias que qualifiquem a redefinição de eixos de transporte.
TVTEC – O Plano de Mobilidade do Ministério da Cidade contempla investimento em ciclovias. Há algum plano do setor para, por exemplo, uma ciclovia que facilite o acesso ao Distrito Industrial, considerando a Avenida dos Ferroviários que corta a cidade praticamente de ponta a ponta?
UGMT – A cidade de Jundiaí ainda não elaborou seu Plano de Mobilidade. Já o Plano Cicloviário está previsto no Plano Diretor, elaborado em 2016.
TVTEC – Quais têm sido as ações preventivas praticadas pelo município?
UGMT – A respeito das ações preventivas, trabalhamos pela maior interação entre os agentes de trânsito no Sistema Viário, com o propósito de aumentar o monitoramento das questões que envolvem fluidez e segurança de transporte e trânsito. Essas ações vêm gradativamente reposicionando a equipe operacional em pontos estratégicos da malha viária e melhorando o atendimento às ocorrências que causam lentidões e/ou acidentes. Trata-se de um novo modelo operacional que prevê a ordenação e priorização das atividades em campo, como a criação de rotas operacionais e posicionamento dos agentes de forma alternada nos principais cruzamentos. Ainda, há agentes deslocados para atender as ocorrências da população através do Centro de Controle Operacional.
TVTEC – Dentro desse programa, existem outras medidas concretas, além do novo modelo de operação?
UGMT – Paralelamente, prevê-se também o programa de manutenção de sinalização e melhorias viárias. Em seis meses, a UGMT implantou mais de 30 mil metros de sinalização viária. Essas medidas, juntamente a programas de educação de trânsito, tais como o Programa Escola Mirim de Mobilidade, o Programa Viagem Segura, e outros, visam promover uma conscientização associada a redução de acidentes.
TVTEC – Já existe alguma métrica considerando as ações da Unidade?
UGMT – Com relação aos acidentes, entre os meses de Janeiro a Abril de 2016, foram registrados na cidade de Jundiaí 65 atropelamentos. Em 2017, durante o mesmo período, foram registrados 61 – queda de 6,16%. Quanto aos acidentes com vítimas fatais, nos primeiros quatro meses de 2016, foram registrados 11. No mesmo período de 2017, 10, redução de 9,1%.
TVTEC – Mais alguma informação a respeito de investimentos no setor?
UGMT – Busca-se junto ao Ministério das Cidades adequações focadas em intervenções, mostrando-as no contrato firmado com a Caixa Econômica Federal, registrando as propostas, quando de encaminhamento da carta-conta para o município, aumentando a área de abrangência, buscando sempre a maior funcionalidade e utilidade do investimento que, desse modo, trará benefícios a um número maior de pessoas.
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O prefeito Luiz Fernando Machado havia apontado também, como investimentos considerados adequados ao novo Plano de Mobilidade, o asfaltamento de vias que ligam escolas ou atendem equipamentos de Saúde, ou por onde escoa um volume razoável de ônibus. E como investimentos urgentes, apontou as alças da Avenida 9 de Julho, no Córrego das Valquírias e no novo trevo da Avenida Jundiaí. Além da cidade necessitar de recursos para adequar a Avenida 9 de Julho ao fluxo de mais dois mil veículos vindos da Via Anhanguera quando forem concluídas as alças de acesso na altura do km 60.
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