Saúde: São Vicente realiza três vezes mais cirurgias ortopédicas

O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) é habilitado para realizar 720 cirurgias ortopédicas por ano em relação a sua capacidade estipulada pelos parâmetros do Ministério da Saúde. Até o mês de outubro, o hospital já realizou 2.033 operações. Apesar do São Vicente ser o único hospital da região com capacidade para realização de cirurgias desse tipo por servir de referência para uma população de quase 1 milhão de habitantes, desde o começo do ano, o hospital conseguiu triplicar a quantidade de cirurgias eletivas com próteses, passando de quatro, no primeiro trimestre, para 12 por mês. No ano passado, as cirurgias foram interrompidas no mês de agosto por falta de recursos.

Hospital São Vicente realiza cirurgias ortopédicas acima do preconizado pelo MS

O Ministério da Saúde, responsável por habilitar o HSVP, estabelece que cada leito cirúrgico receba 40 cirurgias por ano. O HSVP conta com 18 leitos, que resulta num total de 720 cirurgias no ano. Contudo, o hospital, até outubro, já realiza três vezes mais do que está definido. De acordo com o gestor interino da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera, até o mês de outubro, foram realizadas 108 cirurgias que exigiam próteses entre as 2.033 realizadas. “Fecharemos o ano com, no mínimo, 144 cirurgias deste tipo realizadas. O HSVP é um hospital de referência em alta complexidade e, quase sua totalidade de atendimento, é de urgência e emergência. As cirurgias eletivas são realizadas em menor proporção por não haver disponibilidade física no SC e pela falta de outros hospitais na região para o atendimento”, ressalta.

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Atualmente, estão na fila de espera de cirurgia ortopédica, 489 pessoas no aguardo de prótese de quadril e 886 para prótese de joelho. “A fila é única para os pacientes de toda a região. Para dar vazão à fila, é necessário que um outro hospital da região seja habilitado para receber as cirurgias eletivas ortopédicas. Desta forma, o tempo de espera dos pacientes seria reduzido já que não disputariam vaga no centro cirúrgico com pacientes que chegam pela emergência”, analisa.

DÍVIDAS E AÇÕES
Em janeiro de 2017, o Hospital São Vicente foi entregue com uma dívida de curto prazo de R$ 105 milhões (incluídos os passivos trabalhistas, o que praticamente inviabilizou o funcionamento do hospital. À época, a atual gestão formatou um Comitê de Gestão da Crise, com o propósito principal de tornar o Hospital São Vicente autossuficiente, adaptando as despesas ao tamanho da sua receita.

Somente este ano, a Prefeitura de Jundiaí garantiu junto ao Governo do Estado de São Paulo o total de R$ 16,5 milhões para o hospital. Os repasses auxiliaram na diminuição do rombo deixado e asseguraram o funcionamento do São Vicente.

Outra ação implementada, por meio da Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ), foi a criação da Câmara Especial de Saúde, para a discussão de estratégias para toda a região e o fortalecimento da atuação para a requisição de recursos que possam melhorar a qualidade dos serviços prestados à população.

Fonte: Prefeitura de Jundiaí