Saúde: vacina é a única forma de combater a febre amarela
Na última terça-feira (30), o Ministério da Saúde atualizou os dados sobre a febre amarela no PaÃs. Entre os dias 1º de julho de 2017 e 30 de janeiro de 2018, os casos da doença somaram 213, com um total de 81 mortes. Ainda de acordo com o órgão, 1.080 casos suspeitos foram analisados – 432 foram descartados e 435 continuam em investigação.
Marcos Boulos, médico infectologista da Faculdade de Medicina da USP e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde afirma que a febre urbana continua erradicada, entretanto, a febre silvestre – que mantém o ciclo com macacos – permanece. Porém, Paulo Saldiva, médico patologista, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), diz que o mosquito vetor da febre pode ser encontrando nas cidades condições de proliferação. Um dos fatores que contribuem para a proliferação do vÃrus, segundo os especialistas, é a questão da mobilidade, uma vez que o indivÃduo pode morar em zonas rurais e trabalhar nas urbanas.
Os professores comentam ainda sobre a complexidade do combate ao Aedes aegypti – principal vetor da febre amarela urbana -, devido à sua capacidade de adaptação, apesar de o Brasil possuir o maior parque de pesquisa da América Latina.
Para a erradicação da doença, a vacina é praticamente a única forma de combate, já que a moléstia é transmitida na selva e não existe uma forma de eliminar o mosquito. A vacina integral, segundo Boulos, é muito eficiente e reconhecida pela Fundação Oswaldo Cruz com poder imunogênico 60 vezes maior que o necessário para a proteção – portanto, a vacina fracionada, que é dividida em cinco vezes, ainda é muito eficaz.
(Fonte: Jornal da Usp)