Saúde: USP associa microcefalia a cigarro e álcool na gravidez
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) apontaram evidências na associação entre a microcefalia e o consumo de álcool e cigarro na gravidez. Além da USP o estudo foi realizado também pela Universidade Federal do Maranhão. As duas instituições avaliaram 10,3 mil crianças nascidas em Ribeirão Preto e São Luís e evidenciaram um índice acima do esperado de bebês com crânio reduzido.
As taxas foram de 2,5% e 3,5%, diante de uma incidência máxima de 2,3% utilizada como parâmetro internacional, segundo o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Marco Antônio Barbieri. “O risco de nascer com microcefalia foi maior em Ribeirão do que o esperado e maior ainda em São Luís.”
O professor estima que, em média, a cada 10 mil bebês nascidos, 290 tinham características de microcefalia e podem não ter sido diagnosticados corretamente. Além da zika, a malformação, segundo ele, está associada a fatores sociais, reprodutivos, demográficos e de estilo de vida.
Entre eles estão descuidos do período pré-natal, como o consumo de álcool e cigarro na gravidez, as condições do atendimento e da realização do parto, além de infecções causadas por doenças como sífilis congênita e,rubéola. “É importante que se tenha atenção a esse grupo grande de variáveis que podem contribuir para aparecer problemas desagradáveis pro resto da vida do ser humano”, afirma Barbieri.
Fonte: Portal G1