Vacina contra dengue fica para 2019

Os testes da vacina do Butantã não evoluíram como anunciado

A vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã contra a Dengue continua em fase de testes. Na última etapa da pesquisa, sua eficácia não pôde ser confirmada. A queda do número de casos da doença no país impediu a aplicação do imunizante nos grupos voluntários, atrasando o estudo.

A promessa do governo do Estado previa também a construção de uma fábrica para a produção das doses da vacina, que deveria estar pronta no fim de 2018, mas não foi concluída na data estimada. Agora, a nova previsão é para 2019.

A vacina do Butantã foi anunciada em 2015 como a opção mais promissora para proteção contra a dengue, em um momento em que a doença batia recordes de casos e mortes no Estado de São Paulo e no Brasil. Naquele ano, mais de 1,6 milhão de pessoas entraram para o balanço de casos suspeitos de infecção.

Geraldo Alckmin pediu prioridade à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na aprovação do início dos testes da fase 3 e viajou para várias cidades brasileiras para acompanhar o trabalho dos pesquisadores. O então governador esteve em pelo menos 5 dos 16 centros de pesquisa da vacina: Recife (PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS) e São José do Rio Preto (SP).

Os testes da vacina do Butantã, no entanto, não evoluíram como anunciado. Iniciada há dez anos, a pesquisa recebeu, em 2015, a autorização para a fase 3, após ser avaliada “em regime de prioridade” pela Anvisa, antes mesmo que os testes da fase 2 tivessem sido finalizados. A autorização foi dada em dezembro daquele ano e os testes começaram, efetivamente, em 2016.

Fonte: Uol