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Risco para doenças do Aedes atinge 22% das cidades brasileiras

Publicada em 11/06/2018 às 10:46

Apenas três capitais (São Paulo, João Pessoa e Aracaju) apresentaram taxas satisfatórias

Levantamento do Ministério da Saúde mostra que 22% dos municípios brasileiros (1.153) apresentaram alto índice de presença do Aedes aegypti e, portanto, estão com risco aumentado para surto de dengue, zika e chikungunya. Outros 2.069 municípios estão em alerta. Os dados foram coletados entre janeiro e 15 de março de 2018.

O LIRAa (Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti ) é feito periodicamente pela pasta e tem o objetivo de monitorar o Aedes para planejar ações de intervenção. A meta é evitar surtos e alertar a população para o risco de doenças associadas ao mosquito.

Dentre as capitais, apenas três delas tiveram índice satisfatório: São Paulo (SP), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE), informa o Ministério da Saúde. Confira a lista completa de municípios, com a avaliação do risco de cada um deles.

O secretário de Vigilância em Saúde Osnei Okumoto avalia que o levantamento reflete, em parte, um descuido da população em relação às medidas da prevenção e que a pasta planeja ações para diminuir o risco. Ele explica que o ministério investiu mais de R$ 1 bilhão em políticas de intervenção contra as arboviroses em 2017.

Em anos anteriores, diz ele, o país registrou diminuição no número de transmissão, tendo em vista o alerta em torno das anomalias influenciadas pelo zika. “Há vários tipos de intervenção que podem ser feitas, como o uso de inseticidas e produtos nos recipientes em que as larvas foram encontradas. Também é necessário que a população redobre cuidados com a prevenção”, afirma Okumoto.

Já Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arborivoses, mostra que os números evidenciam a necessidade de políticas de prevenção a longo prazo, que considerem maiores áreas verdes, saneamento básico e melhores condições de moradia. “O ambiente urbano, com pouca área verde para drenar a água e solo impermeável, é propício para o desenvolvimento do mosquito. Então, o levantamento é importante, mas medidas precisam ser pensadas a longo prazo”, conta.

Segundo o Ministério da Saúde, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do Aedes aegypti. Ainda, o Ministério da Saúde informa que Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS) não enviaram informações.

Fonte: G1


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