Polytheama lota em evento de prevenção ao suicídio
“Suicídio: A Epidemia Calada – Escutar é uma saída” começou silenciosa e respeitosamente e, por isso, emocionante, no início da noite desta sexta-feira (14), num Cine Teatro Polytheama com pelo menos 1000 pessoas – e com um minuto de silêncio em homenagem a todos os atingidos e atingidas por essa violenta infecção, que primeiro tira do equilíbrio psicológico e depois ceifa da história pessoas de todas as idades e desestrutura famílias em todas as partes do mundo.
Em Jundiaí são dois suicídios por mês, em média, com pelo menos 16 tentativas no mesmo período. O silêncio introduzindo o evento e pedido pelo diretor do Departamento de Teatro da cidade, Wagner Nacarato, para que todos se conectassem com o tema, é a ferramenta eficaz para a escuta ativa, antídoto que acrescentado ao falar prudente e equilibrado, sábio, pode erradicar esse mal que assola a humanidade no século 21. Razão pela qual foi escolhido como tema do ano, no evento promovido pela Prefeitura, com produção da Rede TVTEC, Teatro Polytheama e do Centro de Valorização da Vida (CVV).
Depois, a voz global e inconfundível do jundiaiense Fabbio Perez introduziu efetivamente a ação, até a coreografia vibrante do bailarino Fábio Coqui – tudo girando entre o ser e o não ser, que o tem pede. “Esfriamento global, tristeza em coreografia”, como anunciava a locução. E embalada pelo rap cortante de Gabriel, o Pensador. Slikeline – como se a vida fosse de fato a corda bamba e Taiguara. Uma viagem para dentro, para pensar, para ruminar o que se pode – o que você pode fazer – para que a vida vença sempre. E um Taiguara vertical, celeste, na voz de Fernanda Porto. Pedindo um novo “Hoje”. “Eu não queria andar morrendo pela vida…” Ninguém quer. (Por Pedro Fávaro Jr.)