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Psicóloga convida a largar celular e conectar com família

Publicada em 14/09/2018 às 20:45

Não serei o poeta de um mundo caduco/ Também não cantarei o mundo futuro/Estou preso à vida e olho meus companheiros/ Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. “Mãos dadas” de Carlos Drummond introduziu a reflexão da terceira etapa para a psicóloga Karen Scavacini falar da influência da tecnologia nas relações pessoais e no suicídio. “O que influencia não é a tecnologia mas o tipo de uso feito dela”, explicou a terapeuta.

Karen e Elaine – defesa da família e do amor

Segundo ela, quanto mais tempo passa um jovem ligado à tecnologia – celular, computador, aparelhos que “não largam” – mais chances tem de se deprimir. Ela falou dos riscos de isolamento das novas gerações. “Vivemos na sociedade do posto, logo existo”, comparou, falando da dificuldade de pensar das novas gerações, em razão da necessidade de viverem conectadas. “Vivemos numa sociedade altamente narcisista”, emendou.

As pessoas abusam das horas à frente das teles – do celular, televisão, iPad – e a comunicação pessoal e familiar fica interrompida. “As conversas difíceis acabam sendo trocadas pelo whatsapp. Os pais acompanham pouco os filhos”, avaliou.  O suicídio entre os jovens e crianças aumentou brutalmente porque no Google elas encontram meios e instruções para isso, recordou a especialista. “Ninguém se envolve. As pessoas não se envolvem. Não denunciam. É preciso mudar isso”, disse. E completou: “Convido vocês a largarem um pouco o celular e se conectarem à família, aos pais, aos filhos e sabe que não existe pessoa suicida. Mas existe pessoa com tendências suicidas”.

Na sequência, Elaine Macedo, coordenadora nacional de estudos do Centro de Valorização da Vida (CVV) contou a história da entidade e falou sobre voluntariado, doação de amor e amizade e de compromisso verdadeiro com a vida. “A gente precisa enxergar o ser humano, a pessoa, essa é a proposta do CVV. Que a gente consiga se relacionar com o outro pelo simples fato de ele ser um ser humano”, ponderou na sua experiência de décadas no CVV.

“Creio que estejamos vivendo um processo de despertar espiritual. Por isso é preciso parabenizar todo mundo, a Prefeitura de Jundiaí e todos que estão engajados a esse movimento”, falou. “O silêncio pode ser fecundo muitas vezes. É preciso fazer silêncio, para eu me conhecer, me compreender e compreender assim melhor o outro. É preciso esse espaço de pausa para isso”, afirmou. “Assim, é preciso ser amor por onde a gente passar. É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.


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