Eleição abala grupos de amigos e famÃlias no WhatsApp
O dia das Eleições 2018 está chegando e, nessa época, torna-se bastante normal ver por aÃ, principalmente nas redes sociais e WhatsApp, famÃlias e amizades desfeitas por conta de opinião polÃtica. “A gente ainda usa as redes sociais de um jeito imaturo. É muito fácil entrar e sair. A gente faz isso de um jeito impulsivo”, diz Pedro de Santi, psicanalista e mestre em Filosofia pela USP.
Desde a eleição de 2014, o grupo da famÃlia de Denise*, professora universitária em Belo Horizonte, ficou tenso. “Tinha parte de esquerda, outra de direita. Combinamos que não cabia polÃtica no grupo, mas não tinha jeito.” Após muitos desentendimentos, o grupo principal foi mantido, com a promessa de não falar de polÃtica, cujo tema ficou para subgrupos. Quem é de direita, tem seu grupo da famÃlia para falar sobre polÃtica, assim como quem é de esquerda.
Pedro descreve passos para tentar conviver nos grupos. Ele tenta responder aos dilemas dos casos acima: por que chegamos a essa situação e quando vale a pena insistir na presença no grupo? Veja os conselhos:
- Não se consumir no celular – “Antes de tudo, é preciso aprender uma medida de uso dessas mÃdias. Nós estamos encantados com elas e usamos muito mais do que seria proveitoso. É preciso pensar no quanto usar de energia e tempo com elas.”
- Insistir na tolerância – “O fato de sair do grupo não vai fazer você amadurecer. Você amadurece é na conversa. Às vezes dá um embrulho no estômago de pensar nisso, mas é preciso. Se possÃvel, deve-se sustentar mais na discussão, sem sair no primeiro conflito.”
- Agressão é o limite – “Se você mesmo acha que a melhor resposta é atacar pessoalmente o outro, é melhor sair do que agredir e xingar. Este limite tem que existir.”
- Pensar no dia seguinte – “É preciso lembrar que vamos conviver depois das eleições. Quando passa a paixão, alguns vÃnculos são recuperados. Não dá para queimar todas as pontes, porque para reconstruir pode ser complicado. Comece se perguntando em como você pode estar sendo intolerante.”
(Fonte: G1)
(Imagem: Pixabay)