Voluntária jundiaiense fala sobre Brumadinho em live da TVTEC
A veterinária de Jundiaí e superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plaza Nunes, voluntária no resgate de animais atingidos pelo rompimento da barragem da Vale, no Córrego do Feijão, na região de Minas Gerais, participou da live no Drops TVTEC nesta terça-feira (5) e contou como foi a experiência, diante do momento tão delicado. “Apesar de ser um fato bastante triste, eu acho que acrescenta muito na nossa vida, na nossa forma de olhar para a sociedade, para o ambiente, o valor que cada vida animal tem e é interessante porque outros segmentos envolvidos no resgate, se você não exemplifica, nem todos estão mobilizados para isso”, contou.
No 12º dia de buscas, os números registram 134 mortos confirmados, destes 120 foram identificados, 199 desaparecidos, 192 resgatados e 394 localizados.
O jornalista da TVTEC, Pedro Fávaro Junior, que fez o primeira contato com a Vânia, enquanto ela ainda estava no local, também citou a dificuldade de se dissociar da situação e comentar o assunto sem se emocionar. “Eu própria comentei com alguns colegas que já tinha sido picada pelo vírus da dificuldade na comunicação. São poucos os momentos que você consegue ver o que está acontecendo no mundo fora de lá. Tudo é muito intenso, muito difícil. Uma situação caótica. Ali é uma cidade pequena que está fora de um contexto próximo de recursos”, explicou.
Vânia também contou sobre como ocorre o trabalho operacional de resgate dos animais. “Tivemos momentos diferentes. Então tem a segurança de quem vai chegar para fazer o resgate, do animal e a segurança de que isso vai acontecer de forma correta. Foi necessário estratégia!”, explicou.
“Eu estive em Mariana também e lá foi bem diferente. Nesse caso o que foi impactante é que o acidente foi diferente, a região era mais habitada, então a gente vê muitas cenas tocantes. Algo que me chamou muita atenção foi a adaptação de um armazém só para trabalhar com as crianças para que elas não sofressem tanto. Por mais que a gente tenha que manter a conduta, algumas coisas são muito difíceis. O que fica para gente, é reavaliar as nossas conduta, porque às vezes a gente deixa de dar valor para coisas importantes. Porque quem mora ali nunca mais vai ter a vida igual!”, finalizou.
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(Por: Caroline Ferreira; Imagem: Arquivo pessoal)