Inos fala ao E também por mim Jundiaí se fez grande

Na série “E também por mim Jundiaí se fez grande”, o entrevistado desta vez será o renomado pintor Inos Corradin, nascido em Vogogna, Itália, em 14 de novembro de 1929. O programa dá espaço a personalidades ligadas à história de Jundiaí. O primeiro entrevistado da série foi o arquiteto Araken Martinho que, entre outras coisas importantes, foi o criador do Paço Municipal. Já foram entrevistados também os arquitetos Antônio Fernandes Panizza e o jornalista Jayme Martins. O projeto é da Diretoria de Patrimônio Histórico da Unidade de Gestão de Cultura da Prefeitura de Jundiaí, com produção nos estúdios da TVTEC.

‘O gato e a bola’ revela bem a paixão do artista como figurativista

Conhecido internacionalmente por suas telas, Inos é um artista figurativista, dedicado a paisagens, naturezas-mortas e figuras tratadas estilizadamente, com cores e tons iluminados. Passou a infância e adolescência em Castelbaldo, província de Padova, onde teve aulas de pintura com Tardivello. Em 1947 trabalhou em um monumento em homenagem aos mártires da resistência italiana contra o fascismo, erguido em Castelbado.

Mudou-se para o Brasil em 1950, fixando-se em Jundiaí. Foi então convidado pelo pintor argentino Osvaldo Navarro a fazer parte do núcleo artístico do Atelier Cooperativa Politone, na Vila Mariana, em São Paulo, em 1951. Em 1953, visitou Salvador onde conheceu artistas, como Mário Cravo Júnior, Rubens Valentin, Caribé, Jenner Augusto e Mirabeau Sampaio, o crítico Wilson Rocha e o cantor e compositor Dorival Caymmi.

Participou da equipe de cenógrafos do Balé do IV Centenário de São Paulo em 1954 e executou cenários para balés e peças teatrais para Rugero Giacobbi e Aldo Cravo. Instalou-se em Ibiúna (SP), onde pintou e trabalhou com os madeireiros, que na época tinham na madeira sua principal fonte de economia, no ano de 1957. Na década de 1960 conheceu o seu primeiro marchand, Américo Reisfield, sucedido por Josef Bar-Tzion que passou a representá-lo em exposições internacionais, cada vez mais frequentes.

Em 1979 é contratado para pintar um cenário 8 x 11 m para o teatro de Rovigo, na Itália. Recebeu o Prêmio Quadrivio de Pintura, na Itália. Em 1997 lança o livro La Visione Incantata, simultaneamente no Brasil e na Europa. Ao longo dos anos 2000 lança outros livros, na Europa e no Brasil além de realizar trabalhos de ilustração. Em 2008 foi produzido e lançado o documentário Inos, sobre sua vida artística e pessoal.

(Fonte: Guia das Artes)

(Imagens: Guia das Artes)