Portadora de Down, Professora de ballet clássico e porta-bandeira de escola de samba relata superação
Professora de ballet clássico, porta-bandeira de uma escola de samba e serviços administrativos em uma empresa. Para a moradora de Sorocaba (SP) Mônica Quito, de 42 anos e que é portadora de Síndrome de Down, exercer essas funções é demonstrar que é possível fazer de tudo mesmo com a síndrome.
Em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado na quinta-feira (21), Mônica ressaltou a importância de superar as limitações.
“Eu vivo normalmente. Saio passear e tenho namorado. Nos conhecemos há 20 anos, e há três anos reatamos o namoro. Nas horas livres gosto de curtir a vida. Adoro sair com a minha família, com meus amigos. Adoro cinema, por exemplo”, revela.
Mônica trabalha em uma empresa como auxiliar de serviços administrativos há cinco anos. A encarregada do departamento pessoal, Cláudia Petschelies, comenta sobre o esforço dela em sempre querer aprender.
“Ela é uma pessoa extremamente atenciosa e prestativa. Ela nos auxilia sempre que precisamos. Há uma atenção maior sobre explicar e delegar a função. Precisamos falar com mais calma e ter paciência. Sempre que vê alguém na recepção, ela pergunta se precisam de ajuda, procura sempre ajudar”, comenta.
Além de superar as limitações no trabalho, Mônica também se supera na dança. Ela é professora de ballet clássico, mas não exerce no momento.
A mãe dela conta que seu interesse por dança e esportes começou logo na infância. “Quando completou 1 aninho, já iniciou a terapia. Aos 3 anos ela iniciou o ballet. Também fez aulas de passarela, de natação, dança do ventre e aulas de música e movimento, recebendo seu certificado de professora”, comenta.
Mas o samba também a agrada. Por isso, desfila há 11 anos na escola de samba 28 de Setembro em Sorocaba, e há sete anos é porta-bandeira, juntamente com um mestre-sala que também tem a síndrome.
“Fico muito feliz em poder participar, porque eu amo carnaval!”, revela. O grupo ‘Felicidade Down’ tem uma ala especial para os portadores da síndrome.
(G1; Imagens: Arquivo Pessoal)