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Após 16 cirurgias, menino de 4 anos usa boneco como apoio na recuperação

Publicada em 17/04/2019 às 18:30

Artur Almeida, de 4 anos, sempre tem o seu boneco como companheiro inseparável. Os dois enfrentam juntos cada etapa do tratamento: as 16 cirurgias, o transplante, as frequentes internações. Quando os enfermeiros colocam um curativo em Artur, ele faz o mesmo com seu brinquedo.

Injeções fazem parte da rotina de Artur – e consequentemente, de seu boneco

Esses desafios começaram dias após a saída da maternidade. A criança nasceu com uma doença chamada “válvula de uretra posterior” (VUP) – uma obstrução no canal urinário, acompanhada de uma malformação dos rins. Com 17 dias de vida, Artur foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) e submetido à primeira cirurgia.

Até o menino completar 1 ano e meio, seus rins apresentavam 5% da capacidade de funcionamento. Por isso, ele precisava seguir uma dieta alimentar rígida e tomar uma série de medicamentos. Nessa idade, os bonecos de Artur já eram seus companheiros. “Os médicos colocaram um cateter na barriga do meu filho, e ele repetia o procedimento no brinquedo”, conta Suelen Almeida, mãe da criança.

Com quase 2 anos de idade, passou a ser necessário fazer hemodiálise (processo de filtragem do sangue). Um pequeno Homem Aranha dava força para Artur. Depois, aos 3 anos e meio, a criança recebeu os rins de um doador. “O hospital emprestou uma bonequinha para estar ao lado dele no transplante”, relata a mãe.

Atualmente, o melhor amigo de Artur é Murilo, comprado pela mãe em dezembro de 2018. Os dois enfrentam juntos as etapas de recuperação da cirurgia. “Meu filho tem um buraquinho na virilha, por onde passa a sonda que recolhe os restos de urina. É como se fosse um cateterismo. Eu mesma cuido disso. Ele deita na cama e me deixa fazer tudo, não dá nenhum trabalho. Depois, quando termino, ele faz o mesmo no Murilo”, diz Suelen.

Esse tipo de brincadeira é importantíssimo para a recuperação de uma criança, conforme explica Angela Bley, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, no Paraná, onde o menino se trata. “O papel do boneco é tornar conhecido tudo aquilo que parece assustador”, diz. “É uma ferramenta fantástica para a criança se sentir mais segura. Ela se familiariza com os procedimentos usando o brinquedo”, completa.

(G1; Imagens: Camila Mendes/Divulgação Hospital Pequeno Príncipe)


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