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Jundiaí perde Adejair Francisco Cordeiro, o Adeja – paratleta do Peama

Publicada em 29/04/2019 às 15:07

Jundiaí perdeu nesta segunda-feira (29), um dos atletas campeões do Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama), Adejair Francisco Cordeiro – Adeja, que morreu aos 51 anos, vítima de complicações renais. Ele participava do Peama desde 1996, há 23 anos. Começou em natação, depois partiu para o atletismo e foi fazer corridas de rua – correu várias São Silvestres -, participou de diversos Jogos Regionais e Abertos representando Jundiaí

Adjair e a guia na pista de atletismo

Adejair treina com Denise Neves, do Peama, na pista do Bolão

Após uma meningite, ele ficou parcialmente cego, mas seu espírito forte o transformou num modelo de superação para todos os círculos de seus relacionamentos. O corpo do atleta receberá as homenagens póstumas numa das salas do Velório Adamastor Fernandes, do Centro de Jundiaí, a partir das 16h30. E será trasladado para o Cemitério Nossa Senhora do Montenegro, no Jardim do Lago, às 7h30 deste terça-feira (30).

Para a educadora Denise Silva Neves, do Peama, Adeja foi “uma pessoa espetacular”.”Nos piores dias, parece que ele sabia que precisava me dizer alguma coisa.Tipo reclamar com você mesmo por um remédio que tem que tomar. Ele parecia adivinhar. E animava a gente”, recorda. Denise recorda também que ele enfrentava qualquer dificuldade com um bom-humor ímpar.

Com o Diretor de Esportes Adaptados da Unidade de Gestão de Esportes e Lazer, César Munir, que também atua junto ao Peama, Adeja viajou de bicicleta até Paraty, no Rio de Janeiro, em 2007. “Foi uma viagem marcante”, avalia emocionado César.”Passamos por oito cidades divulgando o ciclismo adaptado. Foi graças às atividades físicas que ele conseguiu vier muito tempo sem precisar fazer hemodiálise. Aliás, o ciclismo no Peama começou em 2002, a pedido dele, acompanhado de outros paratletas”, conta.

A superintendente da TVTEC, jornalista Mônica Gropelo, afirma que como guia para provas em que o Peama participou, que Adeja foi uma figura humana exemplar. “De verdade, foi um de meus heróis, desses anônimos que não têm fama, mas que carregam uma coragem gigante e marcas de muitas superações que permanecem invisíveis para as maiorias”, comenta ela e garante: “Ele foi um dos grandes inspiradores do Peama”.


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