Hospital São Vicente de Jundiaí realiza 1.200 transfusões de sangue por mês
“A transfusão de sangue foi primordial para a vida dele”, diz Patrícia Favorato Duarte, que acompanha um tio, Vasco Favorato, 68 anos, durante a recuperação de uma cirurgia decorrente da síndrome de Fournier. “A melhora foi visível após o recebimento das quatro bolsas de sangue que ele necessitou”, afirma. Assim como no caso do Sr. Favorato, a transfusão de sangue é vital para muitas vidas. No Hospital São Vicente de Paulo (HSV) são realizadas 1.200 transfusões por mês, média de 40 bolsas de sangue por dia. Para se ter uma ideia, existem hospitais que realizam 40 transfusões no mês.
O médico hematologista do HSV, João Augusto Fernandes Gonçalves, explica que isso se deve ao fato do hospital ser referência para casos de alta complexidade em traumatologia, oncologia e cardiologia. Situações que geralmente necessitam de reposição de sangue para o atendimento ao paciente. “As cirurgias de grande porte da cidade e região ocorrem aqui. Nas cirurgias cardíacas, por exemplo, nós já sabemos que há a necessidade de ter bolsas de sangue reservadas, com margem de sobra para uma emergência durante o procedimento. Já nos casos de acidentes de trânsito, por exemplo, não temos como prever, mas temos que ter bolsas disponíveis para dar assistência e salvar a vida desses pacientes”, afirma.
Os pacientes oncológicos, segundo o médico, necessitam de reposição de sangue devido ao fato de que a medicação reduz significativamente sua produção.
Para garantir o atendimento ao público, Dr. Gonçalves explica que o estoque do hospital é mantido com cerca de 150 a 200 bolsas para uso semanal e quando é necessário complementar, é solicitado à Colsan – Associação Beneficente de Coleta de Sangue, responsável pela agência transfusional do HSV.
Cada bolsa de sangue corresponde à doação de uma pessoa. Ou seja, cada uma das 1.200 transfusões do HSV é realizada a partir da colaboração de uma pessoa. Dr. Gonçalves relata que chegou a atender um paciente que necessitou de 100 bolsas de sangue. “Foi um jovem de 30 anos, vítima de acidente de trânsito, que andava de bicicleta em uma rodovia e foi atropelado por um caminhão”, relembra.
Apoio vital
Para manter os estoques em dia é necessário contar com ações de engajamento e conscientização da população. “É maravilhoso quando as pessoas se disponibilizam a ajudar”, diz a sobrinha do Sr. Favorato. A cuidadora do paciente, Elisângela Pellegrini, 46 anos, complementa: “Geralmente a gente só dá importância para a doação de sangue quando precisa, mas é importante não esperar chegar a sua vez para ajudar”.
O Dr. Gonçalves orienta que para ser doador basta ser saudável e ter idade de 16 a 69 anos. Também é importante pesar mais que 50 quilos e apresentar documento com foto.
(Fonte: Assessoria de Imprensa HSV/Imagem: Divulgação)