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Mãe comemora que filho autista foi à farmácia sozinho e relato viraliza

Publicada em 17/06/2019 às 11:39

Atravessar a rua, dançar numa festa, ir a uma farmácia, enfim, realizar todas essas ações, sozinho, sem depender de alguém, pode não significar tanto quando se tornam um hábito, mas para a Raphaella Jesus de Oliveira, 33 anos, de Serra, Espírito Santo, mãe do Davi de Oliveira Garcia, de 10 anos e autista, é motivo de muita celebração!

Davi foi diagnóstico com autismo há 4 anos e desde então a mãe celebra diariamente as conquistas do filho.

Recentemente, ela publicou em seu Instagram um relato muito emocionante sobre o filho ter ido à farmácia sozinho, enquanto ela o observava da varanda de casa emocionada. Ficamos tão tocados com o seu relato que decidimos conversar com a Rapha.

A publicação mexeu com muitas pessoas e, inclusive, ajudou outros pais de filhos com autismo, entendendo que o diagnóstico não é o fim! “Mais uma vez, obrigada por todo esse carinho, esse repost de vocês com a história do Davi nos deu mais forças para seguir em frente, receber o carinho e palavras de amor de várias pessoas é gratificante”, relatou toda emocionada!

Diagnóstico

A Rapha nos contou que, há quatro anos, o Davi foi diagnóstico com autismo e que, diariamente, celebra as conquistas do filho. Uma delas é o diálogo. Desde 2018 o Davi não conversava. “Isso me deixava assustada, com medo, apreensiva em não saber o que se passava com ele enquanto estava na escola ou na casa da babá, ficava agoniada. A fala ainda é embolada, mas ele agora conta como foi o dia dele. E isso pra mim, é mais que uma vitória, é ter ganhado na loteria, mesmo sem jogar!”, disse.

Desafios

Ela contou também que a rotina deles é bem puxada, na semana, o Davi tem consultas com psicólogo, neuropsicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, mas que tem aprendido e evoluído muito desde o diagnóstico. “Os aprendizados são maravilhosos, ele tem ganhado mais independência e autonomia, isso é maravilhoso. Os desafios ainda são muitos, principalmente porque as terapias são em bairros diferentes, então, a correria para poder ir de um lugar para outro e chegar no horário é um pouquinho cansativo, mas o resultado é motivador.”

Na semana passada, a Rapha publicou mais uma conquista do filho: Davi foi com ela num chá de bebê, e além de se divertir, dançou! “No meio do autismo isso é uma evolução muito grande, a criança sair da zona de conforto e se envolver com as coisas ao seu redor, estou completamente feliz com mais esse avanço na vida do meu Anjo Azul”, comemora.

Confira abaixo o vídeo do Davi só no passinho!

https://www.instagram.com/p/ByeSqC-DKrN/

‘Legoterapia’

Outra curiosidade que a Rapha nos contou é a relação do Davi com o Lego. Ele adora, fica entretido e se desenvolve através do brinquedo! A mãe costuma chamar de ‘legoterapia’.

O lego vem ajudando no desenvolvimento do Davi

“O Lego tem sido fundamental no desenvolvimento do Davi, ajuda muito na coordenação motora, no raciocínio lógico, na concentração, paciência e principalmente na fala. Toda vez que ele constrói algo, pergunto a ele o que fez, então, vou corrigindo os erros e estimulando o diálogo. Pergunto para que serve, vou elogiando e com isso dando mais motivos pra continuar a conversar”, explica.

Acessibilidade

A Rapha aproveitou a entrevista para fazer um desabafo pela falta de informação sobre o autismo e como as pessoas e servidores públicos, no geral, estão despreparados para lidar com o assunto.

“Infelizmente, aqui no meu estado, a falta de informação e inclusão do autista ainda é muito grande. Nós que dependemos de transporte público passamos o maior sufoco em transportes lotados. Muitas das vezes, passamos as tardes inteiras em terapias, quando voltamos para casa, os ônibus estão sempre lotados, e mesmo mostrando a carteirinha do autista, eles fecham a cara e falam: ‘mas ele não tem cara de autista’”, lamenta.

“Hoje, liguei para Ceturb, informaram que irão abrir uma solicitação. Quando perguntei quais os quesitos para incluir o símbolo do autista, a atendente começou a fazer várias perguntas a respeito, perguntando qual linha eu mais utilizava. Informei quais eram e reforcei que era relativo, porque outras pessoas usam linhas diferentes, depois ela informou que depende também da quantidade de solicitações que tem.”

A Rapha compartilha diariamente em seu Instagram @davigarcia06 as conquistas do filho. O diagnóstico não é o fim!

(Fonte/Imagem: Razões Para Acreditar)


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