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Cerca de 900 mil católicos da Diocese de Jundiaí celebram Corpus Christi

Publicada em 19/06/2019 às 17:22

Todas as 66 matrizes com suas mais de 400 comunidades na Diocese de Jundiaí – que além do município sede abrange outras dez cidades – celebram, nesta quinta-feira (20) a tradicional festa de Corpus Christi – Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo -, envolvendo uma população de cerca de 900 mil fiéis católicos. Em muitas localidades, está mantida a tradição do tapete decorativo, feito à base de borra de pó de café e cascas de ovos.

Padre expõe o Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo solenemente

Mas também há paróquias que inovaram, como a Santo Antônio de Pádua do Engordadouro, que decorará a parte externa de seu tapete para acolher o Cristo presente no Hóstia Santa com agasalhos doados pela comunidade para pessoas em situação de vulnerabilidade. A ideia é a de que o Cristo feito pão espiritual se transforma também, consequentemente, em pão material, em atitude de solidariedade e transformação da sociedade num lugar mais justo e melhor para se viver.

Destaque ainda é a volta à grande Concelebração Eucarística da festa de Corpus Christi no centro de Jundiaí, missa campal que deverá ser presidida pelo bispo Diocesano, dom Vicente Costa, na praça Marechal Floriano Peixoto, no largo do antigo coreto, atrás da Catedral de Nossa Senhora do Desterro.

Participarão da solenidade, cujo início está previsto para 9 horas, os padres, diáconos, agentes de pastoral e fiéis das sete paróquias da chamada Região 1 da Diocese de Jundiaí, as igrejas de Nossa Senhora do Desterro (Centro), Santuário Eucarístico de Nossa Senhora do Rosário, São João Batista (Ponte de São João), Santa Teresinha do Menino Jesus (Vila Rio Branco), Santo Antônio (Anhangabaí), Nova Jerusalém (Vianello) e Nossa Senhora da Conceição (Vila Arens). Depois da missa, o Santíssimo Sacramento será levado em procissão pelas ruas centrais da cidade. À tarde, às 16h45, dom Vicente preside a missa na Paróquia São João Batista, na Ponte São João.

HISTÓRIA

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século 13. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Por volta de 1264, em uma cidade próxima a Orvieto (onde o já então papa Urbano IV tinha sua corte), chamada Bolsena, ocorreu o Milagre de Bolsena, em que um sacerdote celebrante da Santa Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia, teria visto sair dela sangue, que empapou o corporal (pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa).

O papa determinou que os objetos milagrosos fossem trazidos para Orvieto em grande procissão em 19 de junho de 1264, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico de que se tem notícia. A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.

Para um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era Lauda Sion (Louva Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus Christi.


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