Compositor jundiaiense apresenta obra na 23.ª Bienal da Música

Tadeu com sua mãe, na frente da sala onde sua obra foi apresentada

Ele é bacharel, mestre e doutor em Música, pela Universidade de Campinas (Unicamp) e também é compositor e pesquisador musical. Como compositor, centra a sua obra na música instrumental. Tadeu Moraes Tafarello demorou um pouco para responder ao TVTEC News porque estava em trânsito, voltando feliz para Jundiaí. Esteve no Rio de Janeiro, participando da 23.ª Bienal da Música Brasileira Contemporânea. Foram 260 partituras inscritas. E a dele foi uma das selecionadas para ser apresentada no evento.

“Ser selecionado para ter essa peça, ‘Volare’, com os poemas da Sônia Cintra, para ser tocado da 23.ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, é além de uma grande honra, um prestígio muito grande para o trabalho realizado e foi um grande prazer estar lá, na segunda-feria (11) e ver e ouvir sua obra tocada numa apresentação da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio”, conta. “Mais ainda tendo minha mãe a meu lado e a Sandra, filha da Sônia Cintra, com o marido Fernando”, completa. Andreia Adour fez a parte vocal da peça.

“Também é uma grande felicidade homenagear uma pessoa sensível, uma artista como a Sônia”, comenta Tadeu, que teve acesso à obra completa de Sônia por meio do acervo da Biblioteca Municipal “Nelson Foot”. Para ele, o grande desafio, no início do projeto selecionado, foi aprofundar seu conhecimento da obra da escritora que já admirava.

Sandra (filha da Sônia Cintra), Andrea Adour (cantora) e Tadeu, na sala de concerto

“Se foi desafiador escolher onze poemas entre todos os poemas dela, todos muito lindos para a composição da peça, preciso dizer que também foi muito prazeroso”, confessa adiantando que pretende continuar a explorar a obra da poetisa em outras composições. “Ela merece essa homenagem”, insiste.

A execução da composição foi outro desafio para Tadeu. Primeiro, achar uma cantora com a voz bonita para executá-la, fazer a parte vocal e vencer as dificuldades rítmicas da peça. “A cantora me disse que ela soa como se fosse uma canção bem tranquila de se cantar, mas para seguir o ritmo, com compassos mistos, com métricas não simétricas, não é muito fácil. Mas a apresentação foi maravilhosa”, informa.

(Por Pedro Fávaro Jr.; Imagens: arquivo pessoal)