Oncologia do São Vicente supera índices do Ministério da Saúde
“Entre o diagnóstico e a minha cirurgia foram 14 dias, achei rápido e isso salvou minha vida”, diz Renato Dias de Almeida, 44 anos, após passar por uma cirurgia de 9 horas para retirada de um tumor no reto. Atualmente ele faz sessões de quimioterapia. Por resultados como este é que o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) é considerado referência para o atendimento oncológico na região de Jundiaí, – com índices de atendimento que superam em até 500% os índices preconizados para o serviço pelo Ministério da Saúde – e tem desenvolvido diversas ações para otimização e assistência de qualidade aos pacientes.
Promover ações para assegurar a excelência nos serviços de saúde é o foco da gestão Luiz Fernando Machado. Ainda no primeiro ano de mandato, em 2017, uma série de medidas foram desempenhadas em favor do HSV, único equipamento de alta complexidade para uma população de aproximadamente 1 milhão de habitantes. “A Saúde é um dos pilares da gestão e o Hospital São Vicente é referência no atendimento público não só de Jundiaí, como da Região. A unidade hospitalar foi recebida à beira de fechar as portas e, conseguimos, com organização e austeridade nas contas, equalizar as dívidas, organizar o atendimento e ampliar o serviço à população com qualidade, humanização e eficiência”, detalha o Prefeito, lembrando que ao longo dos últimos 30 meses o prédio já recebeu mais de 100 melhorias estruturais e, atualmente, está com obras em andamento para revitalização de 72 quartos a partir do projeto ‘Acolha um Quarto, Conforte Vidas’.
O HSV é uma das 82 instituições que integram a Unidade do Estado de São Paulo de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), cujos parâmetros previstos na habilitação para atendimento SUS devem ser 100% superados até dezembro. “A habilitação para tratamento clínico aos pacientes oncológicos, incluindo quimioterapia e radioterapia, é de 48.300 procedimentos anuais. O São Vicente deve chegar ao final de 2019 a 77.546 procedimentos, índice 161% do que é preconizado”, explica o superintendente do HSV, Matheus Gomes.
Outro ponto a ser destacado é o índice de consultas especializadas em oncologia que o HSV realiza. “O estipulado pela UNACON são 500 atendimentos anuais e nós vamos fechar com 2.564, conforme nossas projeções, o que significa um desempenho 513% acima do indicado”, afirma o superintendente.
O oncologista e diretor técnico do HSV, Izandro Regis de Brito, acrescenta que os números de cirurgias também caminham para a superação. “No início de 2017 realizávamos 40 cirurgias oncológicas ao mês. Hoje realizamos 56, o que representa um aumento da ordem de 39%”, demonstra o especialista. É válido ressaltar que hoje não há fila de espera para a realização de cirurgias oncológicas.
Para obter desempenho superior ao estipulado pelo Ministério da Saúde, o HSV investe em várias frentes. “Implantamos o Ambulatório de Triagem Oncológica, ampliamos o horário de atendimento da radioterapia no ano de 2018 e, em maio deste ano, inauguramos as novas instalações da quimioterapia. Um espaço 50% maior, climatizado e confortável, próximo de nossa recepção central o que garante o menor risco de infecção hospitalar a estas pessoas. O bem-estar dos pacientes é essencial para os resultados em sua recuperação. Além disso, só neste setor, tivemos aumento de 39% no número de atendimentos em comparação ao início de nossa gestão. Eram 355 pacientes mensais e hoje são 493 pacientes. Sendo que nos meses de julho, agosto e setembro deste ano, os índices chegaram a 503, 520 e 534 respectivamente”, elenca o superintendente.
A quimioterapia e a radioterapia funcionam em locais independentes, o que contribui para que os pacientes se sintam mais confortáveis, uma vez que estão em fases diferentes do tratamento. “Atualmente a radioterapia atende cerca de 90 pacientes por dia, ampliamos nossa operação em duas horas no ano passado e no começo deste mês aumentamos mais duas horas, passando a realizar o procedimento das 5h à meia-noite”, explica o físico médico Flávio Vermiglio.
O tempo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) de 60 dias entre diagnóstico e tratamento já é atendido pelo serviço. A ampliação do horário pelo HSV tem o objetivo de melhorar e reduzir ao máximo este período. “A expectativa é de que até o primeiro trimestre do próximo ano seja possível ter uma redução substancial no tempo de espera, permitindo que o tratamento comece com maior agilidade após o diagnóstico e indicação do tratamento”, afirma o físico.
Além da eficiência da equipe, planejamento e bom uso dos recursos do hospital fazem parte do atendimento. “É preciso contar com pessoas engajadas e apaixonadas pelo trabalho diário num ambiente hospitalar. Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, com inúmeros tratamentos e cada organismo responde de forma particular, por isso, cada paciente deve ser tratado de forma ímpar”, destaca Dr. Izandro.
Triagem
Em 2018 o HSV implantou o Ambulatório de Triagem Oncológica, no qual a documentação necessária é checada, o paciente é avaliado antes do início do tratamento e direcionado para o local correto dos procedimentos. “Tal medida otimizou o tempo e recursos para o diagnóstico e tratamento do câncer, tornando Jundiaí uma referência oncológica de excelência, frente aos usuários do SUS no Brasil”, afirma o médico oncologista.
Para garantir este atendimento humanizado, os profissionais precisam estar bem preparados. “Eu procuro ser ainda mais humana, porque não adianta só o conhecimento técnico. É preciso saber conversar, dar carinho e estimular coisas positivas para os pacientes”, afirma a técnica de enfermagem Lucimeire Aparecida dos Santos, 44 anos. A enfermeira Josimara de Souza, 43 anos, completa. “É importante olho no olho, entender as dúvidas do paciente e sempre orientar sobre o tratamento e as reações”, enumera.
Os pacientes agradecem. “Me senti muito bem acolhida e respeitada, todos me receberam muito bem, desde a recepção até a equipe da oncologia”, elogia a paciente Marilene dos Anjos Melo Santos, 57 anos, que faz a oitava sessão de quimioterapia após o diagnóstico de câncer de mama.
De acordo com o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) Tiago Texera, o HSV é um equipamento de destaque na rede pública estadual. “O Hospital São Vicente tem 95% de resolutividade em seus atendimentos, um índice que o coloca em posição diferenciada dos demais serviços públicos. O atendimento oncológico, que é referência para toda a região de Saúde do entorno, é de excelência, compondo o quadro do equipamento estruturante”, analisa.
(Fonte/Imagem: Assessoria Imprensa HSV)