Prefeito discute ‘primeira infância’ com técnicos e moradores do São Camilo
Avanços nas políticas públicas ligadas à primeira infância no Jardim São Camilo, foram discutidos na segunda-feira (6) entre o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, o gestor da Unidade de Governo e Finanças (UGGF), José Antonio Parimoschi, servidores da saúde, educação e assistência social do Município e moradores do bairro. A importância da pauta se confirma em razão do fato de ser na primeira infância, quando a criança tem entre zero e seis anos, que o cérebro humano desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios.
O objetivo do encontro, realizado no Paço Municipal, foi dialogar sobre a efetivação de medidas estratégicas intersetoriais na busca por um melhor atendimento das gestantes e dos bebês, como forma de fortalecer os projetos que levaram Jundiaí a ser integrada ao programa Urban 95, na Holanda, em dezembro do ano passado . “Precisamos saber como as futuras mães e seus filhos estão sendo assistidos no São Camilo. Temos que pensar que o bairro, e Jundiaí como um todo, precisam cuidar de suas crianças da forma mais ampla e acolhedora possível”, disse Luiz Fernando.
“É excelente discutir, apontar e resolver problemas. Quanto mais gente participar, melhor para encontrarmos as soluções”, destacou Regina Betoni Trinca, pediatra e gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) do São Camilo. “Devemos pensar na primeira infância com a atenção devida, sempre ouvindo a mãe do bebê, sem deixar de lado os adolescentes, os adultos e os idosos. Integrando a gestante neste processo, ofereceremos a ela algo que esteja precisando naquele momento para a solução de seu problema”, emendou Regina.
Uma próxima reunião do prefeito Luiz Fernando Machado com os servidores da saúde e a população do São Camilo foi marcada para o final deste mês. Até lá propostas concretas serão desenvolvidas e apresentadas com o envolvimento de todos os setores. Entre as indicações previamente discutidas, estão a necessidade de espaços específicos para crianças de todas as idades brincarem no bairro, além do incentivo para as gestantes, principalmente as de grande vulnerabilidade social, comparecerem às sete consultas mínimas do exame pré-natal.
“Há a necessidade de criarmos um vínculo para as mães participarem mais de todas as etapas de sua gestação e do desenvolvimento do bebê. Algumas acabam não assistidas por completo porque, entre outros motivos, são usuárias de drogas ou vítimas de violência doméstica”, disse Patrícia Malite, da Associação Almater. “A má nutrição e a saúde ruim dos bebês geram dificuldades no aprendizado das crianças. No futuro, isso significará um cidadão pior e uma cidade pior”, completou o prefeito Luiz Fernando.
Parimoschi sugeriu que a Prefeitura de Jundiaí possa aproveitar os dados das unidades de gestão de Educação (UGE), Promoção da Saúde (UGPS) e Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) relacionados às mães e bebês do São Camilo assistidos pelo Poder Público para a criação de um grande banco de dados atualizado semestralmente, visando melhorar o atendimento de ambos. “Podemos ter informações de todas as fases da gestação e da infância dos meninos e meninas para sabermos o que está sendo feito e o que precisamos melhorar”, ressaltou o gestor.