Em JundiaÃ, ‘carta’ de cachorro para dono que o abandonou viraliza na web
“Oi humano (a) que me abandonou um dia”. Foi com essa frase que uma moradora de JundiaÃ, começou um texto publicado nas redes sociais que simula um “desabafo” do cachorro Tobe, resgatado por ela das ruas. A publicação viralizou na internet, alcançando cerca de 31 mil reações e 1,5 mil compartilhamentos dos internautas até quarta-feira (29).
A dona do animal, Juliana Romero, de 32 anos, conta que a ideia surgiu com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a adoção responsável de animais. “Eu sempre quis fazer uma homenagem para ele, colocando ele como centro, mas homenageando também os outros. As pessoas não vêem e [os cachorros abandonados] passam despercebidos, como se fossem invisÃveis”, diz.
“Se eu tivesse raiva pelo que fizeram, as pessoas também iam ter raiva. Fiz como se ele estivesse escrevendo, porque animal não tem mágoa. Nós, seres humanos, que temos. Cada um dá o melhor que tem e o melhor do Tobe com certeza é esse: não tem ressentimento e espera que quem o abandonou não sofra como ele”, afirma.
Além disso, através do post, Juliana tinha a intenção de fazer uma homenagem a Tobe. A dona conta que o animal, inclusive, já a salvou de um assalto. “Fomos feitos de refém e ele [Tobe] uivou muito naquela noite…ele nunca tinha uivado. Chamou atenção e, quando minha irmã chegou, estávamos sendo reféns na sala. Ela desceu correndo e chamou a polÃcia”, lembra.
Repercussão
Juliana conta ainda que ficou surpresa com a repercussão e que não esperava que tantas pessoas fossem ler a “carta” de Tobe. “Falar do Tobe é muito fácil, mas também muito longo. Se eu colocasse tudo o que ele me proporcionou no texto, ia ficar muito grande”, explica.
Agora, Juliana diz que pretende continuar com as publicações de Tobe para incentivar outras pessoas a também adotarem animais. “Ele é muito cativante, esperto, brincalhão e doce. Eu acredito que incentiva as pessoas a adotarem, porque sou contra a venda, principalmente por estarem crescendo muito os criadores clandestinos. Um amigo não se compra”, explica.