Mandiopã, 1.º salgadinho fabricado no Brasil, volta a pipocar em bares e restaurantes
Crocante, aerado, viciante… Se abocanhar o primeiro, já era: comem-se dois, três, quatro – e só para quando se avista o fim do pacote. Batizado de pororoca por seu criador, um cidadão limeirense, em 1930, em razão das semelhanças com a pururuca (essa feita com courinho de porco), foi rebatizado pela indústria na década de 1950 e virou Mandiopã, o primeiro salgadinho fabricado no Brasil.
Se você nunca ouviu falar no dito-cujo, provavelmente nasceu depois da década de 1980, quando o petisco sumiu das prateleiras e quase entrou em extinção – não à toa, ele faz parte da Arca do Gosto, catálogo do movimento Slow Food que visa identificar, mapear e registrar ingredientes e receitas em risco de extinção.
Agora, o salgadinho feito originalmente de polvilho azedo e fubá, voltou a pipocar por aí. É oferecido como petisco em bares de São Paulo e, para além da mesa do bar, o belisco também foi parar nas cozinhas de alta gastronomia. Por sua textura de nuvem crocante, que estala e derrete na boca, o mandiopan caiu na rede de chefs, que passaram a usá-lo como base para bocados.
Não bastasse, surgiram também variações da receita, feitas com farinha de milho, arroz, sagu, tapioca. O modo de preparo é parecido: a farinha (ou grão ou goma) é cozida com água ou caldo e batida, se necessário. A massa é, então, posta para secar e, depois, frita em imersão.
(Fonte: Estadão/Imagem de capa: Reprodução Casas Bahia/Gramho)