Em isolamento social, netos escrevem cartas para matar saudade dos avós em Várzea Paulista
Alguns meninos de Várzea Paulista resgataram uma forma antiga de se comunicar para que os avós pudessem se sentir um pouco mais perto deles: as cartas. A ideia foi de Miguel, de 7 anos, e de Matheus, de 13. “Cada um escreveu um pouquinho, porque é grande a saudade. A gente sempre almoçava com eles, meus pais trabalham. Então, a gente teve essa ideia”, contam.
Foi o Matheus quem levou o envelope até a casa dos avós. Ele colocou uma máscara e pedalou até lá por menos de cinco minutos. A mãe deixou, mas ficou preocupada: “eu orientei que ele não poderia ver o avô e abraçar por questão de segurança mesmo”, comenta.
O simples gesto tocou os corações de Lucinéia e Rubens da Silva. “Nós ficamos muito emocionados de receber essa carta. Eles moram a um quilômetro daqui e, devido a esse isolamento social, a gente não está se vendo. Nos emocionou muito”, confessam.
VinÃcius, de 8 anos, é outro exemplo de que o lápis e o papel podem ajudar a amenizar a saudade da vovó Ivanilde Solar, que é diabética e está no grupo de risco de contágio do coronavÃrus.
Apesar da saudade, ela sabe que o melhor agora, tanto pra ela quanto para o neto, é ficar cada um na sua casa. “A saudade aperta um pouquinho. A gente se fala por vÃdeo, mas não é a mesma coisa de estar perto. Assim que tudo passar, vamos nos encontrar, se abraçar, brincar”, conta a avó.
(Fonte/Imagem: G1)