Por que não encontro meu bairro no Informe Epidemiológico de Jundiaí?
Desde o último sábado (16), o Boletim Epidemiológico de Jundiaí, atualizado diariamente pela Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) pela internet, passou a contar com um informe detalhado, por bairros, do número de casos registrados de coronavírus na cidade. O serviço, que atende a uma reivindicação dos próprios munícipes desde o início da pandemia de Covid-19, é uma plataforma desenvolvida pela Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun), em parceria com outras unidades municipais de gestão, e informa quantas pessoas, exatamente, estão infectadas com o vírus em cada bairro de Jundiaí.
No entanto, nem todo mundo tem encontrado seu respectivo bairro na relação. E a explicação é bem simples. Jundiaí é dividida por 74 bairros oficiais, seguindo a última legislação de abairramento e o desenho dos bairros elaborado pelo setor de planejamento urbano. Trata-se da Lei Complementar nº 461, de 28 de outubro de 2008, que revoga a correlata Lei Complementar nº 188, de 1996, responsável por dividir a zona urbana em bairros e regiões de planejamento.
Esse mapa oficial, de acordo com a divisão de regiões do município, não levam em conta os loteamentos, que são diferentes dos bairros e foram muito comuns ao longo do processo de urbanização da cidade. Na grande maioria dos casos, eles levam os nomes das figuras históricas que, no início da história de Jundiaí, ali se instalavam ou mobilizavam algum tipo de comércio. Um exemplo é o Coronel Boaventura Mendes Pereira, um militar que viveu de 1855 a 1932 e, graças à influência de seu sobrenome na região central, originou a Vila Boaventura – uma região que, embora seja conhecida, não “existe” oficialmente, pois pertence ao Centro. O Jardim Santa Teresa é outro caso: ganhou esse nome por causa de uma família que comprou um loteamento dentro de um bairro maior, o Jardim Samambaia, este, sim, um bairro oficial segundo o mapa da Prefeitura de Jundiaí.
Bairros e suas aglomerações
Esses bairros que englobam mais de um estão sendo chamados de “macrobairros”. Uma das principais dúvidas dos internautas neste momento de pandemia é com relação ao Jardim do Lago, atualmente o líder no ranking de bairros de Jundiaí com maior número de casos de coronavírus. O bairro, que está localizado na Região Sul do município, compreende um total de 8 loteamentos: o homônimo Jardim do Lago, Vila São Paulo, Jardim Esplanada, Jardim Estádio, Jardim Aurélio, Parque Cidade Jardim, Vila Esperança e Vila São Sebastião. Portanto, se você mora em um desses 8 locais, o bairro pelo qual você deve procurar no Informe Epidemiológico é simplesmente o Jardim do Lago.
O Anhangabaú, na Região Oeste, segundo bairro com maior concentração de casos na cidade, é ainda maior. É composto por 14 loteamentos: Jardim Luciana, Chácaras São Roque, Bairro Anhangabaú, Jardim Ana Maria, Jardim da Flórida, Jardim da Serra, Jardim Paulista, Vila Japi, Vila Ana, Vila Iracema, Vila Loyola, Vila Cacilda, Jardim Santa Adelaide e Jardim Anhanguera.
O Centro, como primeiro bairro de Jundiaí, não poderia ser diferente. São 11 loteamentos dentro dele: Vila Operário, Vila Pacheco, Vila Padre Nóbrega, Vila Gothardo, Vila Leme, Vila Maria Ignez, Vila Boaventura, Vila Argos Velha, Vila Argos Nova, Chácara Urbana (uma parte dela) e Vila Torres Neves.
Você sabia?
Todas essas subdivisões da zona urbana de Jundiaí se encontram disponíveis para consulta no site da Prefeitura de Jundiaí muito antes da pandemia de Covid-19, juntamente com a legislação completa de abairramento do município e o mapa da cidade de acordo com as regiões. Esse material é de responsabilidade da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e podem ajudar o munícipe a esclarecer suas dúvidas nesse momento. No site também é possível encontrar registros e curiosidades sobre a história de Jundiaí e seu crescimento urbano ao longo dos séculos.
Os números totais de casos confirmados, incluindo casos ativos, casos recuperados, e casos fatais, são informados diariamente nas edições ao vivo do Boletim TVTEC. O programa vai ar pelo Facebook, pelo YouTube e pelo canal 24 da NET Jundiaí.
(Fotos: Divulgação e reprodução Informe Epidemiológico/Prefeitura de Jundiaí)