Monja Coen ensina como controlar ansiedade no isolamento

Sim, é possível controlar de forma simples a ansiedade, que cresceu tanto durante esse isolamento social. Quem ensina é a Monja Coen. Como não se pode controlar os gatilhos nem as emoções, é possível exercer o controle sobre a respiração. Ela explicou passo a passo como se faz o exercício da “respiração consciente”, durante transmissão ao vivo.

Monja explicou passo-a-passo como se faz o exercício da “respiração consciente”

“A ansiedade é natural nesse momento [de pandemia]. E voltar ao presente tem a ver com respiração, respiração consciente, abdominal. As respirações emocionais são torácicas, a gente respira aqui em cima (põe a mão no peito) e quando você abaixa (para o abdômen), você entra num estado de equilíbrio”, explicou.

É preciso sentar numa cadeira sem encostar. Alongar a coluna vertebral, alongar a cervical, alinhar as orelhas com os ombros, o nariz com o umbigo e fazer uma respiração completa. “Inspiramos pelas narinas sem forçar. Deixa só o ar entrar. Aí vamos soltar pela boca abrindo a glotes. Faz um som, alguma coisa assim: ahhhhhhh, o mais logo possível. E observe que no final da expiração, há uma contração no baixo abdômen. Não precisa forçar, ela acontece…”, exemplifica a monja budista.

Ele orienta a repetir o movimento, inspirando e expirando do mesmo modo outras vezes. “Aí a gente fica um pouco quietinho, observa como está respirando… percebe que ao inspirar a caixa torácica se expande para todas as direções e ao expirar ela se contrai. É só isso!”, observa.

A monja explica que é importante sentir a temperatura da sala, ouvir os sons, se há fragrâncias, odores, luzes, sombras… E aí você observar sua mente, que tem pensamentos, não pensamentos… “É tudo normal. Tá tudo bem. Tem memórias, tem ansiedade, tem prazer, tristeza, alegria… então você fica alguns momentos nessa observação de si mesmo, porque ao observar você mesmo, você fica se conhecendo, o funcionamento da sua mente e do seu corpo”, comenta.

Segundo ela esse conhecimento é libertador, porque quem faz a respiração sente que não está aprisionado, que está em seu corpo e isso não é uma prisão que se deseje largar. “É como a casa, não é uma prisão que eu quero sair … se eu não gosto de mim, se eu não sinto prazer na minha companhia, não vai ter jeito porque são 24 horas por dia que eu tô comigo, então eu tenho que sentir prazer nessa companhia”, afirmou.

(Fonte: SóNotíciaBoa/Imagem: Reprodução)