Jundiaí perde a professora e maestrina Josette Feres

Jundiaí perdeu uma de suas figuras mais ilustres e queridas, no setor cultural e artístico, a professora e maestrina Josette Silveira Mello Feres, pioneira no mundo na educação musical de bebês e fundadora da Escola de Música de Jundiaí, por onde passaram nomes ilustres da área.

Aos 86 anos, a professora Josette, como gostava de ser chamada, morreu na tarde de segunda-feira (8), vítima de hemorragia. Ela foi velada das 9 às 10 horas da terça-feira (9) no Memorial da Paz, em Jundiaí, onde foi sepultada.

Simplicidade e amor à música e à família, traços marcantes da vida de Josette Feres

“Estou extremamente triste. É uma mulher que fez história na cidade.Uma grande alma que veio a essa cidade para animar a vida cultural, para trazer as esferas celestiais para cá. Foi por meio dela que conheci um pouquinho da música. E depois os caminhos com a Orquestra, ela frequentava o Polytheama, era uma honra recebê-la e ela sempre me tratava muito bem. Gratidão a ela por tudo. Eu a conheci criança ainda, aprendi muito com ela, no colégio”, comentou emocionado Wagner Nacarato, diretor do Cine Teatro Polytheama.

A professora Eliana Brega, criadora do Enredança, estava profundamente consternada com a notícia. “Que difícil!”, exclamou também contendo os sentimentos, quando foi solicitada a comentar. “Ensinou, com maestria mesmo, muitos alunos de diversas gerações. Era uma pessoa extraordinária”, acrescentou.

No perfil do Facebook de Michel de Paula, maestro e flautista, um post de luto, com uma foto abraçado à Josette. “Obrigado por tudo tia Josette Silveira Mello Feres”, era o comentário do artista. O violonista Fábio Zanon, deixou logo abaixo outro registro que mostra bem o valor dado a essa artista: “Ah, meu Deus…”, escreveu.

“Josette tem uma importância gigantesca como artista e como formadora de muitos outros artistas. Uma grande perda pra nossa cidade. Ela desenvolveu uma pedagogia única, conhecida no mundo inteiro. Uma referência pra todos nós, artistas. Um momento muito difícil pra cultura da nossa cidade”, lamentou Marcelo Peroni, gestor de Cultura.