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Alertas de desmatamento na Amazônia crescem em maio e batem recorde

Publicada em 12/06/2020 às 12:10

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram recorde em maio de 2020. Foram registrados 829 km², o maior dos últimos cinco anos, desde que começou a série histórica. O número é 12% acima do registrado em maio de 2019. Ao se observar os alertas emitidos durante os meses em que se calcula a taxa oficial de desmatamento, a tendência é de aumento na devastação da floresta nesta temporada que se encerra em 2020, se comparado ao período anterior – que já havia sido recorde em destruição de florestas. Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados nesta sexta-feira (12).

A taxa de desmatamento oficial, medida de agosto a julho, poderá ser maior na temporada que termina em 2020. A dois meses do fim da temporada, números atuais já são 78% maiores que do período anterior. A taxa oficial de desmatamento na Amazônia é calculada de agosto de um ano a julho do ano seguinte – desta forma, é possível detectar a destruição da floresta levando em conta os ciclos de chuva e seca, desmatamento e queimadas.

Os dados indicam sinais de desmatamento em 829 km² da Amazônia em maio deste ano – em maio de 2019, foram 738,56 km². Ao consolidar os alertas de desmatamento emitidos de agosto de 2019 a maio de 2020, e comparar com o mesmo período anterior (agosto de 2018 a maio de 2019), o aumento é de 78% . Foram 3.653,42 km² sob alerta, e agora são 6.498,8 km².

O Relatório Anual de Desmatamento, organizado pelo projeto MapBiomas, apontou que a Amazônia perdeu em 2019 uma área equivalente quase dois mil campos de futebol em floresta. O mesmo estudo indica que 99% do desmatamento no bioma é ilegal – o que indica que poderia ser combatido com ações de fiscalização e medidas punitivas.


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