TVTEC abre nova ‘janela’ de inclusão com curso de Libras

A professora Rosângela Fabiana Silva Magoga, 45 anos, casada, será uma das profissionais que ministrará o primeiro workshop online de Língua Brasileira de Sinais (Libras) – “Libras no Cotidiano”, que a TVTEC realiza no dia 6 de julho.

A professora Rosângela Fabiana, em foto durante trabalho como intérprete de Libras

Para a professora, o workshop é uma das vias para diminuir o preconceito. “Quando a gente abre a ‘janelinha’ como a do Boletim da TVTEC, para dar acessibilidade ao surdo, muitas outras ‘janelinhas’ também se abrem, como comentou a apresentadora Mariana Meira e eu gostei muito”,  compara.

Segundo ela, é preciso criar essas novas “janelas” para que as pessoas se coloquem no lugar do outro, vejam o quanto o outro faz parte também da sociedade e passem a compreender e a aceitar o diferente. “A ferramenta mais importante para acabar com o preconceito é a informação”, garante.

“O surdo é capaz, pode tanto quanto ou mais, como acontece como todo mundo. Minha expectativa é que o workshop seja mais uma dessas janelas importantes”, adianta. “Acredito que quando as pessoas virem o brilho nos olhos da gente quando falamos de Libras, da cultura surda, virem a satisfação que é fazer o bem ao outro, é impossível que não se encantem e não queiram saber mais”, comenta.

A professora tem certeza de que o workshop vai deixar um gostinho de “quero mais”. Crê, ainda, que também os surdos se sentirão muito valorizados vendo a língua deles sendo divulgada.

“A gente se sente muito bem quando se torna capaz de incluir o outro na nossa vida e nossa sociedade”, completa Rosângela que é servidora na Educação Básica na Prefeitura de Jundiaí, psicopedagoga clínica, voluntária em ações sociais, tradutora e intérprete de Libras.

Há quatro anos ela se envolveu com Libras, quando conheceu a Pastoral dos Surdos da Diocese de Jundiaí. “Quando me vi com os surdos desejei muito trabalhar em outras pastorais com eles, mas me vi impossibilitada porque não conhecia a língua deles. Fui atrás de estudar porque queria estar no meio deles, com eles”, recorda. (Por Pedro Fávaro Jr.)