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Hospital São Vicente lembra Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço

Publicada em 27/07/2020 às 17:41

Atualmente, 602 pacientes são atendidos pelo setor de oncologia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV). De acordo com o médico oncologista Arthur Maia Filho, cerca de 15% dos casos têm relação com tumores de cabeça e pescoço.

Doutor Arthur explica que os sintomas dessas doenças aparecem paulatinamente

Ou seja, dos pacientes do HSV, cerca de 90 pacientes realizam sessões de radioterapia ou quimioterapia no intuito de cuidar de cânceres que acometem o seio da face, a boca, laringe, nasofaringe, orofaringe ou hipofaringe.

“Os principais sintomas desses cânceres costumam ser disfagia – dificuldade para engolir, seguida de rouquidão e por último dor, que geralmente é relacionada ao órgão acometido pela doença”, explica o médico. Por isso, é fundamental que se esteja sempre atento aos sintomas, especialmente no caso da pessoa ser tabagista.

“Os sintomas dessas doenças aparecem paulatinamente e as pessoas costumam ir levando. No entanto, as chances de sucesso de cura de pacientes em estágio inicial desses tumores chegam a 80%, dependendo do órgão, por meio de sessões de radioterapia. Os casos em estágios mais avançados podem exigir cirurgias extensas e a combinação de sessões de radioterapia e quimioterapia, com chances de 50% de cura, porém, com sequelas para toda a vida”, explica.

Num último estágio estão os casos metastáticos, que acometem mais de um órgão. “Esses são os casos mais difíceis, uma vez que não se têm chances de cura e o foco terapêutico é embasado em estender ao máximo o tempo de vida do paciente prezando sua qualidade de vida”, diz.

O diagnóstico dos tumores de cabeça e pescoço envolve uma equipe multidisciplinar. Se o problema for na cavidade oral, é necessário que o odontologista esteja atento para essa avaliação. Se for na cavidade nasal ou laringe, por exemplo, o otorrinolaringologista é que fará a avaliação inicial. Cada especialista precisa estar muito atento para identificar sinais dos tumores em sua fase inicial, que culminará no acompanhamento de um oncologista. “O diagnóstico efetivo vem com a biopsia e outros exames capazes de identificar o local exato e a extensão do problema”, explica o médico. O tratamento varia de pessoa para pessoa, órgão acometido e estágio da doença.

Fatores de risco

O médico explica que em torno de 50% dos casos de tumores de cabeça e pescoço estão relacionados ao tabagismo. “Cigarros e especialmente os falsificados, narguilé e o picadão, que era do tempo dos nossos avós e que agora tem voltado como moda entre os mais jovens, representam um grande risco”, conta. “Em termos de comparação se uma pessoa passar uma hora consumindo narguilé é o equivalente a dez cigarros. Já o picadão, não tem controle nenhum das substâncias do tabaco, além de ser embrulhado na palha e não ter filtro”, descreve.

O consumo de bebidas alcoólicas também é um hábito a ser evitado quando o assunto é prevenção. Os bons hábitos para evitar o câncer de cabeça e pescoço devem incluir alimentação saudável, higiene bucal, sexo seguro com preservativo (inclusive oral), atividade física e proteção do sol.

Data

O Julho Verde é uma campanha que conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde e da União Internacional para o Controle do Câncer para aumentar o conhecimento e promover educação e treinamento no diagnóstico, tratamento, resultados e pesquisa sobre o câncer de cabeça e pescoço.

(Fonte e imagem: Hospital São Vicente de Paulo)


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