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Não é verdade que respirar muito tempo na máscara faz mal, garante médico

Publicada em 27/11/2020 às 11:17

Mesmo depois de meses de pandemia de Covid-19, alguns temas relacionados ao contágio do Coronavírus ainda são nebulosos. Um deles é a prática de exercícios físicos. A máscara facial é, realmente, obrigatória, mesmo em práticas ao ar livre?

Médico afirma que a máscara é essencial na prática de exercícios, independentemente do tipo de ambiente onde o esporte é praticado

“Absolutamente essencial”, enfatiza o médico jundiaiense Carlos Gallucci, cirurgião de cabeça e pescoço e membro da equipe de monitoramento de casos de Covid-19 no município. Ele se baseia no que a ciência tem estudado até agora para explicar de que maneiras, independentemente do tipo de ambiente onde o esporte é praticado, os perdigotos, como são chamadas as partículas “maiores” de saliva que saem com a nossa respiração, se espalham e se configuram pelo ar. “É o que chamamos de spray, que é essa umidade que sai junto com o ar que expiramos e que solta os chamados perdigotos, partículas maiores de saliva. Essas são visíveis e podem ficar por um tempo relativo no ar antes de caírem no chão, sendo, portanto, um risco para pessoas que estiverem praticando exercícios em um raio próximo”, explana.

Enquanto a distância entre duas pessoas, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, seja de dois metros, na prática de exercícios como caminhada e corrida o ideal são três metros, segundo as pesquisas mais recentes. “Isso porque a aerodinâmica faz com que o ‘rastro’ desse spray seja maior e atinja rosto, nariz, boca e até roupas de quem estiver passando por ali. Se uma pessoa assintomática, que seja portadora do vírus, por exemplo, exalar esses perdigotos, ela já está pode estar infectando alguém”, alerta o médico.

Ambientes fechados

Se o cuidado é minucioso para exercícios ao ar livre, em ambientes fechados os protocolos de segurança são inquestionáveis. Na academia do personal trainer e acupunturista André Carrion, todas as medidas determinadas pela Vigilância Sanitária estão sendo seguidas, como tapete sanitizante na entrada, aferição de temperatura e higienização das mãos com álcool gel. Todos os aparelhos são esterilizados logo após o uso, e é mantida distância entre os praticantes, que frequentam o local apenas sob agendamento. O uso da máscara é obrigatório e, em caso de umidade por conta do suor, é recomendado realizar a troca por uma limpa imediatamente. “Muitos alunos já se adaptaram ao uso da máscara. Outros têm mais dificuldade para treinar com ela, porque dificultam a respiração”, conta André.

Apesar do desconforto, no entanto, o médico garante que não há nenhum malefício ao organismo de quem respira dentro da máscara por muito tempo. Explica que o organismo é capaz de realizar o filtro necessário entre o oxigênio que entra e o gás carbônico que sai. “Mesmo úmida, causando incômodo para respirar, a máscara não oferece risco algum ao indivíduo. O corpo é perfeitamente capaz de compensar essa troca.”

Ao realizar a troca, o ideal é ter sempre de fácil acesso um frasco de álcool gel para higienizar as mãos antes e depois de tirar a máscara do rosto. Sacolinhas plásticas também são itens essenciais, tanto para proteger as máscaras que forem descartáveis ao irem para o lixo, quanto para armazenar as máscaras de tecido que mais tarde serão lavadas para serem reutilizadas.

Clique aqui para conferir à reportagem completa sobre o assunto feita pela TVTEC Jundiaí.


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