Máscara do Homem-Aranha ajuda paciente durante tratamento no HSV
Foi com um sorriso e muita positividade que Pedro Martins Simões dos Santos, de 10 anos, iniciou na terça-feira (1) a primeira das 14 sessões de radioterapia no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV).
Diagnosticado com linfoma de Hodgkin, o pequeno guerreiro foi surpreendido com uma máscara especial do homem aranha, seu personagem favorito do mundo dos heróis.
O adereço, denominado de molde, é utilizado para imobilizar o paciente durante o tratamento. O uso da máscara reduz a possibilidade de qualquer movimento durante a administração da dose prescrita.
As máscaras personalizadas são uma tradição do departamento, que sempre prioriza a humanização dos atendimentos, principalmente em casos infantis. Responsável pela arte, a recepcionista Maria Isabel Cavalcante Oliveira conta emocionada sobre como é o processo para confecção da máscara.
“Os técnicos em radioterapia perguntam aos pacientes qual o personagem que eles mais gostam. É difícil trabalhar com crianças, a gente se envolve muito. Eu fiz de uma maneira que os meus sentimentos fossem externados, que todo o meu carinho pudesse ser transferido para a máscara. As teias são de papel, colei uma por uma e esse processo levou três dias, já para pintar foram dois. Levei cinco dias no total”.
A mãe do paciente, Thamires Martins Simões, conta como foi receber o diagnóstico do filho. “O Pedro reclamava muito de dor nas coxas, mas jamais poderíamos imaginar que fosse um câncer. As dores foram piorando e ele chegou a parar de andar por um período. Após alguns exames descobrimos a doença. Como mãe, o sentimento inicial foi de incapacidade, mas eu tenho fé e meu filho vai vencer, ele é um milagre”.
Tímido e escondido atrás da mãe, Pedro adorou ter o homem aranha como companheiro nessa jornada. Apesar das dificuldades, Thamires conta que a ação motivou tanto o filho, quanto a família. “Eu achei o projeto da máscara incrível, é uma forma de incentivar a criança a ter coragem pra terminar o tratamento, porque não é fácil. Nós também fizemos muitas coisas para animar o Pedro, pois ele passou muito mal, teve muitos altos e baixos, muitas crises de choro e só a gente sabe como eles se sentem. Agradeço muito todo o carinho”.
(Fonte/Imagem: Assessoria de Imprensa – HSV)