Papa lembra vÃtimas da pandemia em mensagem pelo Dia Mundial da Paz
O papa Francisco lembrou (17) hoje as vÃtimas da pandemia e os que se dedicaram ao cuidado dos doentes, em mensagem pelo Dia Mundial da Paz, e pede que as vacinas cheguem também aos paÃses mais pobres.
Na mensagem pelo 54º Dia Mundial da Paz 2021 (1º de janeiro) com o tÃtulo “A cultura do cuidado como percurso para a paz”, divulgada nesta quinta-feira, ele diz que a pandemia agravou outras crises, como a climática, a alimentar, a econômica e a da migração.
“O ano de 2020 ficou marcado pela grande crise sanitária da Covid-19, que se transformou num fenômeno plurissetorial e global, agravando fortemente outras crises interrelacionadas como a climática, alimentar, econômica e migratória, e provocando grandes sofrimentos e incómodos”, escreve o papa na mensagem.
Ele lembra ainda os que perderam familiares ou pessoas queridas, os que ficaram sem trabalho e todos os que trabalham na linha da frente. “Penso, em primeiro lugar, naqueles que perderam um familiar ou uma pessoa querida, mas também em quem ficou sem trabalho. Lembro de modo especial os médicos, enfermeiras e enfermeiros, farmacêuticos, investigadores, voluntários, capelães e funcionários dos hospitais e centros de saúde, que se prodigalizaram – e continuam a fazê-lo -, com grande fadiga e sacrifÃcio, ao ponto de alguns deles morrerem quando procuravam estar perto dos doentes, a fim de aliviar os seus sofrimentos ou salvar-lhes a vida”.
O papa também reitera seu apelo “aos polÃticos e ao setor privado para que adotem as medidas apropriadas, a fim de garantir o acesso à s vacinas contra a Covid-19 e à s tecnologias essenciais necessárias para prestar assistência aos doentes e aos mais pobres e frágeis “. O texto adverte também para o ressurgimento de várias formas de “nacionalismo, racismo, xenofobia e também guerras e conflitos”, que “semeiam morte e destruição”.
“É doloroso constatar que, infelizmente, junto com numerosos testemunhos de caridade e solidariedade, várias formas de nacionalismo, racismo, xenofobia e mesmo guerras e conflitos que semeiam morte e destruição estão a ganhar novo impulso”. Francisco propõe na mensagem “a cultura do cuidado como forma de paz” e “a erradicação da cultura da indiferença, da rejeição e do confronto, que hoje costuma prevalecer”.
Ele destaca que “isso só será possÃvel com o papel generalizado da mulher, na famÃlia e em todas as esferas sociais, polÃticas e institucionais”. O papa observa que a educação solidária deve partir da famÃlia, “onde se aprende a conviver na relação e no respeito mútuo”, mas lembra que é também missão da escola e da universidade e, da mesma forma, em alguns aspectos, da comunicação social “.
Por outro lado, considera que “as religiões em geral, e os lÃderes religiosos em particular, podem desempenhar papel insubstituÃvel na transmissão aos fiéis e à sociedade dos valores da solidariedade, do respeito pelas diferenças” e do cuidado com os mais frágeis.
Francisco pede a todos que “alcancem o objetivo de uma educação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta paciente, diálogo construtivo e compreensão mútua”. O Dia Mundial da Paz foi instituÃdo em 1968 pelo papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do ano.
(Fonte: Agência Brasil / Imagem: UOL)