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Aos 25 anos, Peama se reinventa e mantém atendimento durante pandemia

Publicada em 16/03/2021 às 08:39

Ao longo dos 25 anos de existência do Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama) da Prefeitura de Jundiaí o foco foi a inclusão das pessoas com deficiências em todos os ambientes. Desde o ano passado, por conta da pandemia do Novo Coronavírus, o modelo de atendimento presencial precisou ser adequado à nova realidade e garante aos mais de 380 assistidos, a inserção e o cuidado necessários.

Neste período, a trajetória do projeto foi marcada pela inclusão de portadores de deficiência, física ou intelectual, à sociedade através do esporte. Uma missão de mudar vida não só dos alunos como famílias inteiras. Referência no Brasil, em 25 anos de existência, o Programa atendeu mais de 1500 alunos.

Aos 59 anos, dez dedicados ao Peama, a aluna Marinella Locardi Amaral da Cunha é uma delas. Ela faz natação, ciclismo e musculação no programa.

“O Peama representa tudo para mim. Ele é fundamental na minha vida não só como atividade física, mas como atividade social. Eu interajo com outras pessoas, faço amizades, é muito legal o que eles fazem”, explica ela, que tem o membro inferior amputado.

Segundo ela, o momento atual é complicado, mas não a impede de manter contato com os professores. “Faço as aulas on-line, porque sinto falta e para ficar mais animada neste momento difícil que passamos”.  

Atividades on-line reúnem assistidos pelo Peama e suas famílias

Com 36 anos, Janaina Franz teve a vida transformada depois que descobriu o programa. “Tenho uma doença neurodegenarativa que começou quando tinha 34 anos. Fiquei introspectiva, com vergonha depois que descobri a doença, mas quando o Peama apareceu na minha vida tudo mudou. Comecei fazendo dança para melhorar isso e agora já faço também ciclismo, natação e caiaque. O Peama me ajudou a descobrir quem eu posso e consigo ser. Confio muito mais em mim agora”, explica.

Destaque paraolímpico do Brasil, o atleta jundiaiense Thomaz Ruan de Moraes começou bem cedo no programa. Ele, que tem uma má formação congênita no braço direito, começou a participar do programa há 11 anos e, através do esporte, se transformou e atualmente é um dos talentos do esporte paraolímpico brasileiro. Ele já tem, inclusive, vaga na Paralimpíada de Tóquio nos 400 metros rasos.

Janaina Franz encontrou no Peama apoio para encarar a vida e a doença degenerativa

“O Peama tem grande importância na minha vida. Através dele me vi dentro da sociedade. O Peama acreditou em mim, me deu base e estrutura para eu ser quem eu sou agora. Eu amo muito eles, sou grato por tudo que fizeram por mim. Fico feliz em fazer parte dessa história”, explica.

NOVO MOMENTO
E para continuar este atendimento durante a pandemia, o Peama, marcado por realizar um programa individualizado e específico para cada aluno, teve que se reinventar.

“Costumo falar que o Peama trabalhou 24 anos para tirar a pessoa de deficiência de casa e integrar através do esporte. Neste último ano, fizemos o caminho inverso, trabalhamos para manter o aluno em casa. Neste período, nos reinventamos, novos atendimentos surgiram. Estamos realizando atendimento virtual, às vezes em grupo, às vezes individualizado. Todos contam com atividades remotas e contato com os professores. As avaliações são feitas de maneira sistemática e, ao identificar qualquer necessidade específica, o aluno ou a família, recebe o apoio necessário”, explica César Munir, diretor do Departamento de Esporte Adaptado da Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL).

Ainda de acordo com o diretor, as atividades são realizadas de maneira remota, seja por vídeo chamada exclusiva entre professor e aluno, ou reunião com os demais integrantes do grupo, de maneira virtual. “O professor adequa as atividades conforme a realidade do ambiente de cada assistido. Desta forma conseguimos, inclusive, integrar as famílias para que participem das atividades. É um momento de aprendizado e desafios, para todos”, salienta.
O Peama conta com 16 modalidades esportivas como o tênis de campo, atletismo, futsal, natação, Escola da Bola (que alterna basquete, futebol, futsal e vôlei), ciclismo, bocha, capoeira, dança, goalbol, caratê, caminhada, corrida de rua, atividades náuticas, musculação e ginástica rítmica.

“É um projeto que fez e continua fazendo história, tem uma linda história feita como muito amor, dedicação e amizade. Tanto os professores como os alunos fazem a diferença”, explica o gestor da Unidade de Esporte e Lazer (UGEL), Luiz Cláudio Tarallo.

(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)


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