COVID-19: Senado aprova projeto que inclui lactantes no grupo prioritário da vacinação
O Senado aprovou nesta terça-feira (15) um projeto que inclui no grupo prioritário da vacinação contra a COVID-19 as mães, com ou sem comorbidades, que estiverem amamentando, independentemente da idade das crianças.
A proposta segue para a Câmara dos Deputados. O texto é de autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), mas foi aprovado conforme a versão apresentada pela relatora, Zenaide Maia (PROS-RN).
O projeto também prevê prioridade para gestantes e puérperas, isto é, mães no perÃodo até 45 dias pós-parto, com ou sem comorbidades.
Inicialmente, o texto tratava somente das lactantes, mas a relatora acolheu emenda de Rogério Carvalho (PT-SE) a fim de assegurar a prioridade aos outros grupos.
Plano Nacional de Imunização
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas no Plano Nacional de Imunização.
No entanto, desde 12 de maio, a vacinação de grávidas e puérperas está restrita às mulheres com comorbidades (doenças preexistentes), e elas devem receber apenas as vacinas CoronaVac e Pfizer.
Rogério Carvalho disse que a inclusão da previsão em lei é necessária, pois há casos de exclusão de gestantes sem comorbidades da lista de prioridades. “Alguns estados já iniciaram a vacinação de grávidas e puérperas pertencentes aos grupos prioritários ou que possuam comorbidades. De forma geral, tem-se excluÃdo as gestantes sem comorbidades dos grupos prioritários. A medida gera questionamentos das mulheres, de associações e também do Ministério Público”, disse o senador do PT.
Zenaide Maia também acolheu sugestão do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) para priorizar na vacinação crianças e adolescentes com deficiência permanente ou com comorbidade, assim como aqueles privados de liberdade, em estabelecimentos socioeducativos. O projeto diz que as regras para essa vacinação estarão em regulamento a ser editado pelo Executivo
No Brasil, a vacinação de pessoas com menos de 18 anos ainda não começou. Na semana passada, a Anvisa autorizou o uso de vacinas da Pfizer em adolescentes a partir dos 12 anos de idade.
AstraZeneca
Em maio, a Anvisa recomendou a suspensão da aplicação da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca/Fiocruz em grávidas. Na ocasião, a Anvisa não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.
Relatora da proposta, Zenaide Maia explicou que a prioridade para gestantes diz respeito a vacinas “indicadas pela Anvisa”.
“Lembrando que a orientação médica é essencial para grávidas com comorbidades, alergias e outras condições especÃficas que desaconselhem determinados imunizantes”, disse a parlamentar do Pros.
(Texto: G1/Imagem: TVTEC)