“Nos três primeiros dias do hospital, eu tinha certeza que ia morrer”, conta vencedor da COVID-19

O grafiteiro Jensen descreveu como foi a sua experiência com a COVID-19, quando contraiu a doença em março deste ano. “Eu tinha dores em todos os lugares no corpo, então as juntas doíam muito, todas as juntas, eu tinha dificuldade para fechar a mão, tudo doía e aí comecei a ter cansaço, eu não tinha falta de ar, eu tinha canseira”, descreve o jundiaiense.

Os sintomas de Jensen começaram com uma leve dor de cabeça, que evoluiu rapidamente para febre e tosse. “Eu senti uma pequena dor de cabeça, mas era uma coisa bem levinha. Quando foi duas, três horas da manhã, eu comecei a ter febre. Quando eu acordei de manhã, eu já estava com tosse e falei ‘vou para o hospital’”.

Depois de atestar positivo para a COVID-19, Jensen permaneceu oito dias internado no Hospital São Vicente. “Quando eu vi as imagens do meu pulmão, eu fiquei com muito medo, fiquei em choque, mais da metade do meu pulmão já estava todo comprometido”, lembra Jensen.

Nos primeiros dias de hospital, os pensamentos não foram os melhores. “Nos primeiros três dias do hospital, eu tinha certeza que eu ia morrer. Porque você estava aqui e no quarto do lado tinha uma pessoa entubada”, lembra.

As chamadas pelo celular amenizavam a saudade da família e davam força para o grafiteiro que não via a hora de voltar para casa. A esposa driblava a notícia que chegavam aos filhos, que esperavam ansiosos pela vinda do pai. “Essa questão deles fazerem uma vídeo chamada com a família, isso é uma coisa que ajuda bastante e isso traz esperança, para você querer sair”, diz.

Depois da recuperação, Jensen diz que passou a reavaliar a vida e a dar mais importância a pequenas coisas. “Coisas muito simples do seu cotidiano você passa a dar mais valor”, finaliza.

(Texto: TVTEC/Imagem: Arquivo pessoal)