Reflorestamento de São Paulo equivale a 10% de área para neutralidade de emissões no Brasil
O Programa Refloresta SP, anunciado na COP26 pelo Governo de São Paulo, prevê a restauração de 10% de toda a área prevista no país para atingir a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa. Estudo promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica, Imaflora e SEEG/Observatório do Clima, mostra que as metas de redução de emissões de gases-estufa são viáveis mediante a restauração de 15 milhões de hectares de florestas, observando-se que a iniciativa paulista mira 1,5 milhão de hectares.
O estudo aponta caminhos que devem ser priorizados, em especial o combate ao desmatamento e a adoção de técnicas de agricultura e pecuária de baixo carbono, com a recuperação de pastagens e de solos degradados, além da restauração florestal e criação de áreas protegidas.
As sugestões estão contempladas no Refloresta SP, que complementa o Programa Agro Legal, com foco especialmente em áreas que não são de restauração obrigatória e não são usadas em atividades econômicas, como as pastagens de baixa capacidade agrícola.
O Governo de São Paulo também pretende recuperar vegetação em municípios com cobertura inferior a 10% de suas áreas totais. Já aqueles com percentuais inferiores a 30% deverão ter a cobertura elevada para até este índice, considerado adequado para a sustentabilidade ecológica.
Para o Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, o Estado se coloca na vanguarda ambiental da América Latina: “Com o Refloresta, poderemos recuperar áreas e trazer o setor produtivo conosco. A economia verde passa a ser o grande motor do desenvolvimento”, acrescentou Penido.
Já o responsável pelo Advocacy da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, afirmou que o programa ambiental de São Paulo corrobora as informações do estudo divulgado pela entidade: “São Paulo mostrou que a meta pode ser cumprida, com o Programa Refloresta, com a participação da sociedade, das empresas e dos proprietários rurais. Nós temos como chegar juntos na recuperação de São Paulo”, destacou Mantovani.
O levantamento da SOS Mata Atlântica também aponta iniciativas que devem ser priorizadas em todos os setores de emissão, como uso de combustíveis renováveis no transporte público metropolitano e o tratamento de esgoto e lixo nas cidades, incluindo o aproveitamento do metano para geração de energia.
(Fonte/Imagem: Governo de SP)