Média de internações diárias por COVID-19 cresce 32,6% no Estado de SP
O número de internações por suspeita de COVID-19 continua crescendo no estado de São Paulo, principalmente na capital. O último balanço do governo aponta que o estado tem 2.274 pacientes internados, sendo 880 deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
A média móvel de novas internações por COVID-19 ou por suspeita da doença chegou nesta segunda-feira (20) a 378 por dia. Há duas semanas, era de 285 internações diárias, o que significa um aumento de 32,6%.
O patamar ainda é baixo, segundo os especialistas. No auge da segunda onda da COVID-19, o estado chegou a registrar média diária de 3.399 novas internações.

Segundo o professor Renato Coutinho, da Universidade Federal do ABC e membro do Observatório COVID-19 BR, o aumento é maior justamente na capital.
“A gente vê um aumento de hospitalizações no município de São Paulo que coincide com a entrada da ômicron. A gente não tem como afirmar com certeza que esse aumento é devido à ômicron, porque pode ser também influenciada também pela Influenza, pode ter outros fatores também. Tem mais gente se aglomerando, mas é evidência forte que isso pode estar acontecendo já”, declarou Coutinho.
Problemas respiratórios
Mesmo com a alta de casos de COVID-19, no Hospital Tide Setúbal, referência no tratamento da doença na Zona Leste de São Paulo, ainda não houve nenhuma internação de paciente com a variante ômicron.
O que cresceu, e muito, foi o número de crianças e adultos com problemas respiratórios não relacionados à COVID-19.
Segundo funcionários do hospital, são cerca de 250 atendimentos por dia de pessoas com esse tipo de problema, sendo que 150 delas são crianças.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, as pessoas estão ficando doentes por causa dos vírus que atacam o sistema respiratório.
“Tanto o vírus da gripe quanto os vírus respiratórios e os vírus do resfriado comum acabaram fazendo com que muitas pessoas, especialmente da faixa etária pediátrica, procurassem os pronto-socorros, e precisando de internação. Nós não tivemos nesse contingente todo de mais casos de coronavírus, principalmente [casos] da variante ômicron circulando na nossa população”, disse o secretário.
“Talvez isso já possa estar acontecendo com quadros muitos leves, frente à vacinação não fazem quadros mais expressivos, com quadros respiratórios como vimos no ano passado”, completou.
Por causa da situação, o governo do estado decidiu manter o uso obrigatório da máscara em todos os ambientes até pelo menos 31 de janeiro.
(Fonte: g1/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)