Negociação por cessar-fogo acaba sem acordo entre Rússia e Ucrânia
Foi encerrado sem acordo o primeiro encontro entre delegações diplomáticas de Ucrânia e Rússia, que se reuniram na região da fronteira com Belarus, nesta segunda-feira (28), para discutir um possível cessar-fogo.
De acordo com o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, os representantes retornarão às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações, informou a agência de notícias RIA. Os países estão em uma guerra que já persiste há cinco dias, desde que forças russas invadiram o território ucraniano.
O presidente Volodymyr Zelensky não fez parte do grupo. O país exigiria um “cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas”, disse um comunicado da presidência ucraniana mais cedo.
Na última sexta-feira, em mensagem de vídeo, o presidente da Ucrânia pediu conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin. “Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Há combates em toda a Ucrânia agora. Vamos nos sentar à mesa de negociações para impedir a morte das pessoas”, disse Zelensky.
Presidente ucraniano assina pedido formal de adesão à União Europeia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou nesta segunda-feira (28) um pedido oficial para a Ucrânia ingressar na União Europeia (UE).
Diante da invasão russa ao país, Zelensky pediu ao bloco que permita que a Ucrânia se torne membro imediatamente sob um procedimento especial.
Pelo Twitter, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, afirmou que a “esta é a escolha da Ucrânia e do povo ucraniano. Nós mais do que merecemos”.
Quatro milhões de refugiados devem deixar a Ucrânia, estima ONU
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) projeta que a guerra na Ucrânia deve deslocar 4 milhões de pessoas para outros países. É uma movimentação de cerca de 10% de toda a população ucraniana.
Com cinco dias de guerra, governos vizinhos e a ONU apontam que 422 mil pessoas já cruzaram as fronteiras, fugindo do conflito com a Rússia.
Fonte: CNN Brasil