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Reenquadramento de Aprendizagem para defasagens educacionais é tema de capacitação

Publicada em 14/03/2022 às 16:07

Com o objetivo de oferecer capacitação para os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e para os professores da sala regular, a Unidade de Gestão de Educação (UGE) promoveu a aula inaugural sobre a Metodologia CDRA – Classificação Digital para Reenquadramento de Aprendizagem – Referência em defasagens educacionais e adaptações curriculares, em vista da defasagem escolar evidenciada nas unidades escolares de todo o país após o período de pandemia.

A formação foi realizada em parceria entre os Departamentos de Formação e de Educação Inclusiva e ministrada por Rosana Mendes Ribeiro, especialista em neuroeducação, fonoaudióloga educacional, psicopedagoga e mãe de uma jovem com deficiência intelectual. “A maior dificuldade foi a adaptação curricular e essa foi minha motivação para dedicar minha vida a esse tema”, afirmou.

DESCRIÇÃO DA IMAGEM
Auditório com paredes brancas, cadeiras azuis, sendo que diversas estão ocupadas por pessoas, que usam máscara facial. À frente há um palco com chão de madeira, onde uma mulher está com microfone e falando com o público
Formação foi voltada aos educadores que atuam com a educação inclusiva

A CDRA respeita a singularidade de cada aluno potencializando o seu aprendizado e desenvolvimento. A metodologia é implantada por três pilares: Formação, Mapeamento e Intervenção. A formação contempla 120 horas/aula, sendo 12 módulos assíncronos e 14 síncronos. “Dentre os temas vamos conhecer o funcionamento neurológico das nossas crianças. Vocês passarão por vivências e dinâmicas. Com a ajuda da tecnologia vamos apresentar atividades com e sem adaptação, para que vocês possam se colocar no lugar dessas crianças”, explicou a especialista em neuroeducação.

A fase do mapeamento será realizada por meio do protocolo CDRA, que é respondido parte pelos pais e parte pelos professores, baseado nos padrões biopsicossociais do estudante. Para promover o mapeamento, o professor precisa de instrumentos para que possa conhecer o grupo de alunos com o qual trabalha. “A finalidade é trazer informações sobre os estudantes, identificando  as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e assim mudar as estratégias pedagógicas antes mesmo de que se desenvolva uma defasagem no processo educacional”, comentou Rosana. 

O terceiro pilar é a Intervenção, oferecendo atividades e provas adaptadas para cada um dos níveis de aprendizagem identificados. “Ter um raciocínio respeitando a heterogeneidade, pois há diferentes  formas de aprendizagem dentro de uma sala de aula. Que tenhamos uma mentalidade voltada para um grupo heterogêneo. Todos os alunos precisam, em algum momento, de atenção especial”, alegou Rosana.

A professora do AEE da EMEB Judith Almeida Curado Arruda, Ana Paula Tavares da Silva, participou da formação e relatou que é necessário ter um novo olhar sobre a teoria e a prática atuais. “É uma oportunidade de aprender e repensar o que é melhor para a criança naquele momento. Será na prática, com a elaboração de atividades, que conseguiremos visualizar e entender melhor como beneficiar cada aluno”, afirmou.

Telma Merlin é professora do AEE da EMEB Maria Aparecida de Souza Almeida Ramos e falou sobre a importância das capacitações. “O movimento de atualização é necessário para todo professor, pois quando utilizamos técnicas que permitem a elaboração de propostas que fazem sentido para eles, conseguimos atingir com excelência cada estudante”, comentou.

DESCRIÇÃO DA IMAGEM
Duas mulheres estão sentadas em cadeiras azuis em um auditório, elas olham para frente. Ambas estão usando máscara de proteção facial.
Telma e Ana Paula são professoras do AEE e aprovaram a formação

O programa do CDRA prossegue durante todo o ano letivo. “Essa formação trará aos professores uma visão singular sobre adaptação curricular e personalização do ensino, resultando em muito aprendizado e avanços na Educação Inclusiva”, explicou a diretora do Departamento de Formação, Sílvia Magalhães. 

A preocupação em atender tanto os estudantes com defasagem em aprendizagem, como os da educação inclusiva é uma prioridade do programa Escola Inovadora. “A UGE busca sempre ampliar o conhecimento dos nossos educadores, promovendo excelência  no desenvolvimento do trabalho pedagógico de forma a possibilitar a aprendizagem das nossas crianças, por meio da flexibilização curricular e adaptação de atividades.” conclui a diretora do Departamento de Educação Inclusiva, Karina Verardo.

(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)


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