Notícias | https://tvtecjundiai.com.br/news

Notícias

Estresse e ansiedade são fatores de risco para hipertensão

Publicada em 26/04/2022 às 11:33

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um dado preocupante. No primeiro ano da pandemia de COVID-19, a presença global de ansiedade e depressão aumentou 25%. O número reflete os efeitos causados pelo isolamento social na saúde mental da população. Fator de risco para diversas outras doenças, as patologias, aliadas ao estresse, contribuíram também para o aumento no número de casos de hipertensão arterial. Hoje, no Brasil, 28% da população adulta é hipertensa, chamando a atenção para a importância dos cuidados com a saúde, tanto físicos quanto mentais.

O cardiologista e cirurgião cardiovascular do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Wagner Ligabó, explica que a hipertensão possui três estágios. “Nós consideramos uma pressão arterial normal quando ela mede até 14×9. O primeiro estágio da hipertensão ocorre quando ela mede a partir de 16×9,5, e o segundo quando a pressão arterial está entre 16 e 18; o terceiro e mais grave estágio, que desencadeia as crises hipertensivas, é quando a pressão do indivíduo está acima de 18”.

Cardiologista e cirurgião cardiovascular do Hospital São Vicente (HSV), Wagner Ligabó

Sem causa definida, 90% das hipertensões primárias são passíveis de causa genética e agravadas por fatores como a obesidade, sedentarismo e o tabagismo. Já a hipertensão secundária deriva de outras circunstâncias, como altas cargas de hormônios, adrenalina e cortisol, diretamente ligado ao sistema emocional. “Hoje em dia é muito comum que a pressão alta seja piorada por esses indicadores. Na pandemia, o estresse agudo passou a ser o principal causador de crises hipertensivas. Recebemos pacientes com muita falta de ar e dor no peito e isso é alarmante, pois a hipertensão não tratada leva a doenças cardiovasculares como o infarto, derrame cerebral ou insuficiência cardíaca”, conta Ligabó.

A atenção aos detalhes é fundamental para detecção da patologia, já que 50% dos hipertensos não apresentam sintomas. Para o restante da população, são frequentes as dores de cabeça, mais especificamente na nuca, sensação de mal-estar e cansaço.

O cardiologista ressalta que a alimentação pode ser uma grande aliada na prevenção e no tratamento da doença. O consumo de sal deve ser restritos e é importante praticar esportes. “O primeiro passo vem da mudança dos hábitos, chamada tratamento não terapêutico (sem remédio). É preciso rever a dieta do paciente, se ele pratica atividades físicas e se as doses de estresse diárias são extremas”, explica.

Quando não suficientes as primeiras orientações, as medicações são inseridas no tratamento. “Contamos com uma vasta gama de medicações, mas todas são introduzidas de forma gradual no tratamento. São remédios que bloqueiam a frequência cardíaca e a liberação de adrenalina”, diz Ligabó.

“Sabemos que muitos deixaram de ir ao médico na pandemia, mas agora é importante voltar. Toda doença tratada precocemente tem maiores chances de cura, mas apenas se o paciente procurar um especialista”, reforça o cardiologista do HSV.

(Fonte/Imagem: Hospital São Vicente)


Leia mais JundiaíNotíciasSaúde
Link original: https://tvtecjundiai.com.br/news/2022/04/26/estresse-e-ansiedade-sao-fatores-de-risco-para-hipertensao/

Apoio