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Inflação de abril caminha para ser a maior em 27 anos, aponta prévia

Publicada em 27/04/2022 às 09:48

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado uma prévia da inflação oficial do país – ficou em 1,73% em abril, após ter registrado taxa de 0,95% em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para o mês desde 1995, quando ficou em 1,95%.

Também é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003, quando alcançou 2,19%.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, os preços subiram em média 4,31%.

Com alta de 7,51%, a gasolina foi a principal responsável pela alta da inflação no mês (Foto: Getty Images/iStock)

Gasolina puxou alta de preços

Com alta de 7,51%, a gasolina foi a principal responsável pela alta da inflação no mês, respondendo por 0,48 ponto percentual.

Houve altas acentuadas também do diesel (13,11%), do etanol (6,6%) e do gás veicular (2,28%), levando a alta dos transportes a 3,43% na prévia do mês.

Ainda entre os transportes, as passagens aéreas, que haviam recuado em março (-7,55%), subiram 9,43% em abril. Os preços do seguro voluntário de veículo (3,03%) aceleraram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando 23,46% de variação nos últimos 12 meses. Houve altas ainda nos preços dos táxis (4,36%), nas passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).

Veja a inflação de março para cada um dos grupos

  • Alimentação e bebidas: 2,25%
  • Habitação: 1,73%
  • Artigos de residência: 0,94%
  • Vestuário: 1,97%
  • Transportes: 03,43%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,47%
  • Despesas pessoais: 0,52%
  • Educação: 0,05%
  • Comunicação: -0,05%

Meta para o ano e projeções

A média das expectativas do mercado para a inflação fechada de 2022 está atualmente em 7,65% – mais do dobro do centro da meta para o ano, mas ainda abaixo dos 10,06% registrados em 2021.

Com isso, se confirmada a previsão do mercado, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, que está atualmente em 11,75% ao ano. E a Selic deve continuar a subir, atingindo 12,75%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, segundo sinalização do BC.

As previsões de inflação começaram a subir com mais intensidade após o aumento nos combustíveis anunciado pela Petrobras em março, em meio à disparada do preço do petróleo — reflexo da guerra na Ucrânia.

Para 2023, os economistas estimam em 4% a taxa de inflação e Selic a 9%. Para o próximo ano, a meta foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

(Fonte: g1/Imagem: Getty Images/iStock)


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