‘Padrinho Legal’ abre inscrições para interessados no apadrinhamento financeiro e afetivo de adolescentes
Voltado para o apadrinhamento afetivo e financeiro de adolescentes em acolhimento institucional sob medida protetiva, o Programa de Apadrinhamento “Padrinho Legal” recebe até a segunda-feira (16) as inscrições on-line gratuitas de pessoas interessadas em participar. A iniciativa do programa é da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Jundiaí, da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) e dos Serviços de Acolhimento da cidade.
“Atualmente, a Prefeitura celebra, por meio da UGADS, parceria para o acolhimento institucional de até 55 crianças e adolescentes nas seguintes Organizações da Sociedade Civil (OSC) Casa de Nazaré e a Casa Transitória”, explica a gestora da UGADS, Maria Brant.
O casal Gilberto e Regina Begiato conhecem a iniciativa desde 2018 e atualmente estão no terceiro apadrinhamento, de uma adolescente de 13 anos da Casa de Nazaré, onde Gilberto trabalha como coordenador administrativo. “O ‘Padrinho Legal’ é uma missão, uma oportunidade para fazer a diferença na vida deles, principalmente dos adolescentes, que têm mais dificuldade para ser adotados têm muita vontade de sair. Viramos uma referência para eles, de comportamento em família e como conselheiros sobre convivência escolar, na família e no próprio abrigo. Acima de tudo, criamos um vínculo com eles, para que não se sintam sozinhos. Este é o desafio que lançamos, para que as pessoas entendam o programa como uma missão”, explicou Gilberto.
Pelo Apadrinhamento Afetivo, a proposta é viabilizar convivência familiar e comunitária e criação de vínculos com o acolhido, por meio visitas, passeios, viagens e estadias com a família aos finais de semana e dias de festa. Para esta modalidade, o tempo mínimo sugerido de adesão é de um ano.
Já pelo Apadrinhamento Financeiro não há tempo mínimo de adesão sugerido. As possibilidades são os pagamentos de cursos, tratamentos e terapias médicas, odontológicas e psicológicas, pontuais ou de maiores durações. Uma vez formalizado, o pagamento é feito diretamente ao profissional envolvido na prestação do serviço.
Os interessados não precisam ser necessariamente residentes em Jundiaí, devendo somente ser maiores de 18 anos e não podem possuir antecedentes criminais.
O juiz da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Jundiaí, Jefferson Barbin Torelli, reforça a importância da participação da sociedade. “O apadrinhamento afetivo é muito importante para garantir o direito à convivência familiar e comunitária dos pré-adolescentes e adolescentes acolhidos com poucas chances de voltar para a família e remota possibilidade de adoção. O apadrinhamento financeiro, por sua vez, possibilita o acesso a terapias, tratamentos e cursos ainda indisponíveis na rede pública. Por isso, o engajamento da sociedade é primordial para garantia da proteção integral de todas as crianças e adolescentes”.
Elen Tavares de Sá, assistente social da Vara, faz um apelo à sociedade. “Aderir à iniciativa é algo desafiador, por isso precisamos de pessoas que encarem como missão. Entre os acolhidos há aqueles com mais idade, e, portanto, com dificuldade de ser adotados. Há também adolescentes com demandas psiquiátricas. Muitas pessoas procuram o serviço com a intenção de dar presentes, mas precisamos também de gente que garanta presença, que traga constância e afeto nas vidas desses acolhidos”.
Para os inscritos interessados no programa será realizada uma formação presencial, marcada para o sábado (21), das 8h30 às 17h, no Fundo Social de Solidariedade (FUNSS), que fica na avenida Manoela Lacerda de Vergueiro, s/n, Portão 3, anexo ao Parque da Uva. O contato com os inscritos será feito através do e-mail indicado na inscrição.
(Fonte/Imagens: Prefeitura de Jundiaí)