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Pedro, de Jundiaí, tem apenas 7 anos e foi aceito na maior sociedade de gênios do mundo

Publicada em 09/05/2022 às 17:34

Hoje, 06 de maio de 2022, é um dia muito feliz e reconfortante para a família de Pedro Dias, um jundiaiense de apenas 7 anos que tem uma inteligência acima do comum. Nesta sexta-feira, o menino foi aceito na Mensa, a maior sociedade de alto QI do mundo.

De acordo com a mãe de Pedro, Julliana Dias, Pedro começou a dar os primeiros sinais de que era diferente aos 3 anos de idade. Nesta época, o menino já sabia ler, soletrava e identificava palavras em inglês.

(Foto: Arquivo Pessoal/Julliana Dias)

Notando essa habilidade, a família levou o caso para uma psicóloga, que os aconselhou a pesquisar sobre crianças superdotadas. Em São Paulo, a família conheceu a APAHSD – Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação.

“Fizemos uma primeira entrevista, e eles viram que [o Pedro] tinha características de superdotação. Aí o Pedro passou pelos primeiros testes quando ele tinha um pouquinho mais de três anos. Na ocasião já foi detectado que ele tinha um potencial intelectual muito grande”, conta a mãe. Assim, o menino passou por um teste que determinou um QI de 146 pontos.

Julliana conta que a família nunca incentivou o menino diretamente quando bebê para ser superdotado. “De matemática eu eu percebi que ele gostava de numero, e de uma forma orgânica ele começou a somar. Ele aprendeu a ler sozinho também e de inglês tinham musiquinhas na escola e às vezes vídeos que ele via no Youtube Kids. Ele sempre estudou em colégio que tem inglês, mas não necessariamente bilíngue”, destaca.

Dificuldades nas escolas

Assim como Pedro tem o intelectual muito avançado, sua parte sentimental também evoluiu rapidamente. A mãe do menino conta que, desde a descoberta da superdotação, a família têm buscado apoio para a educação de Pedro.

Na escola que ele estudava até então, claramente o menino estava mais avançado que os outros alunos. Ele chegou a ser matriculado em outra instituição, que procurava ajudá-lo. O menino tinha aulas especiais, e a família levou a APAHSD para uma palestra, preparando os educadores na escola para a situação comportamental do menino. Isso amenizou um pouco o desconforto de Pedro. No entanto, sua capacidade intelectual continuava avançando, e o menino se sentia frustrado.

“Ele sabe que ele é diferente, ele se sente diferente. Tem momentos em que a questão emocional pega muito, porque ele não consegue entender que as outras pessoas não têm a mesma linha de raciocínio que ele, que o amiguinho da mesma faixa etária não tem os mesmos gostos que ele”, comenta Julliana.

A mãe explica que Pedro gosta muito de números e atividades que envolvem praticar a lógica. Mas a criança não se interessa por brincadeiras como os outros pequenos. Hoje o menino conseguiu evoluir um ano à frente e cursa o 2º ano do ensino fundamental, em uma nova escola. Ainda assim, a família busca recursos com a Secretaria da Educação para avançá-lo mais.

“Ele sabe toda a matéria do segundo ano, ele sabe a matéria do terceiro ano. Faz contas de equação de primeiro grau, com raiz quadrada e com o pi. Muitas vezes acabamos passando pelos pais doidos, que acham que o filho é super inteligente e querem um atendimento diferenciado. Mas a questão é que, sim, o Pedro precisa de um atendimento diferenciado”, contou a mãe.

“É muito gratificante ver a vontade e a inquietude do Pedro em aprender e saber o porquê das coisas! Fiquei emocionado ao ver ele resolver uma equação de primeiro e segundo grau com 6 anos! Dado as dificuldades dos tempos atuais, incentivar o estudo e o aprendizado e ver como ele se preocupa com isso é mágico. Hoje quando perguntamos como foi o dia ele retribui com ‘o que eu aprendi no dia de hoje’”, complementou o pai do Pedro, Julio César da Silva.

Jundiaí na Mensa

Mesmo durante toda a luta para proporcionar uma educação coerente para o filho, a alegria tomou conta com o convite da Mensa.

Printscreen de e-mail
(Foto: Arquivo Pessoal/Julliana Dias)

Mensa é uma organização presente em cerca de 100 países. A Sociedade identifica e fomenta a inteligência humana para benefício da sociedade; incentiva pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência; e fornece um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus membros.

O projeto tem um programa chamado Jovens Brilhantes, que auxilia jovens a lidar com condição de alto QI (percentil 98 ou superior). A princípio, os jovens participantes devem ter de 13 a 17 anos, portanto, Pedro ainda não pode participar. Mas a família do jovem prodígio tem esperanças.

Sobre a inscrição de Pedro na Sociedade, Julliana conta que a intenção é encontrar crianças como o filho. “Eu encontrei a Mensa pesquisando na internet sobre grupos de superdotados. Meu intuito era achar outras crianças como o Pedro, que ele pudesse interagir. Só entra na Mensa quem tem o laudo e um QI comprovado acima de 140: o do Pedro é 146”.

Quer saber mais sobre o Pedro? O pequeno tem um canal no Youtube, onde ele mostra, por exemplo, o jogo que ele criou. Veja [https://youtu.be/2eDiLwtK10U].

(Fonte: Tribuna Jundiaí/ Imagem: Arquivo pessoal)


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