Curso ‘Técnicas Bioconstrutivas e Permacultura’ chega a terceira etapa
O programa Horta Urbana, desenvolvido pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), em parceria com as Unidades de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) e Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), recebeu nesta semana mais uma etapa do curso Técnicas Bioconstrutivas e Permacultura, fruto da parceria com o Sesc Jundiaí.
Nesta terça-feira (17), os participantes receberam instruções para a construção de um banco com a técnica de hiperadobe e do reboco fino, para o acabamento da parede de adobe que foi levantada no último encontro, que aconteceu nos dias 3 e 4 de maio.
Segundo a diretora do Departamento de Urbanismo, Sylvia Angelini, “esta experiência prática tem sido muito rica para os alunos e permissionários das áreas, que poderão reproduzir as técnicas nas demais hortas urbanas, dando escala ao programa”.
“Pela técnica bioconstrutiva e pela lição de vivência coletiva, cada um tem sua compreensão do seu papel no trabalho comunitário”, afirma a coordenadora do programa, Rita Stringari.
O chamado hiperadobe é uma técnica de bioconstrução, onde sacos raschel são preenchidos com terra e através de compactação manual, as camadas se estabilizam em um material estável e seguro. Já o reboco fino é composto de terra, areia e argila, e usado para o acabamento de paredes feitas com tijolos de adobe.
“O hiperadobe é uma técnica que vem desde as guerras, quando se construíam trincheiras. Seu nome pode enganar, pois ele é muito mais parecido com a taipa de pilão do que com a técnica de adode. Sua principal vantagem é o fato de que não se necessita carregar muitos materiais ou ferramentas para o local onde ela será aplicada. Basta os sacos raschel e a terra comprimida”, comenta o instrutor e arquiteto Cássio Abuno.
Já o reboque fino foi utilizado para dar acabamento à parede de adobe que foi construída no último encontro. “Essa técnica utiliza apenas terra, areia e cal, em proporções livres dependendo de cada caso e lugar onde será aplicado. Sua vantagem, além da sustentabilidade, é que se forma um material mais maleável e ideal para as paredes de barro, diferente do cimento, que é um material muito rígido e não é o indicado para as paredes de arroba”, comenta a instrutora a engenheira civil Mariana Cintra Elias.
Para este material foram feitos testes com diferentes proporções do material até se chegar na mistura ideal.
Programação do curso:
– 26 e 27 de abril: Introdução à bioconstrução e confecção de tijolos de adobe, com Tomaz Lotufo e Vidaya Pereira
– 3 e 4 de maio: Parede de adobe, taipa de pilão e reboco grosso, com Tomaz Lotufo e Bárbara Silva
– 17 e 18 de maio: Hiperadobe e reboco fino, com Tomaz Lotufo, Mariana Cintra e Cassio Yugo Abuno
– 24 e 25 de maio: Tintas naturais, círculo de bananeiras e avaliação, com Tomaz Lotufo e Gilberto Junior.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)