Jundiaí é a primeira cidade a estimular o cultivo protegido com foco nas mudanças climáticas
A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT), se tornou a primeira do Brasil a promover o cultivo protegido a seus produtores locais, garantindo a qualidade das colheitas e evitando perdas e prejuízos aos agricultores. A medida tem como foco a proteção às mudanças climáticas, registradas nos últimos anos. No caso de Jundiaí, as técnicas mais utilizadas para proteção das plantações são as estufas e as telas de proteção.
O Cultivo Protegido foi instituído em Jundiaí pela Lei Municipal nº 9.650, de 13 de outubro de 2021. São realizados pagamentos de até R$ 3 mil por propriedade, desde que comprovada a aquisição por nota fiscal, em nome do produtor rural inscrito no programa de materiais para revestimento para a cobertura na utilização no cultivo protegido preferencialmente, para telas anti granizo, anti pássaros e filme agrícola (plásticos para as estufas), mediante apresentação na íntegra de documentação exigida pela referida lei.
Foi o caso de Odair Lourençon, produtor rural de Jundiaí, que recebeu o valor máximo de R$ 3 mil referente ao edital deste ano. “Tenho uma propriedade de 8,8 hectares com o cultivo da uva Niágara. Já há alguns anos venho colocando a proteção anti granizo, e desta vez conseguimos abater este valor disponibilizado pela Prefeitura. Foi gasto um valor maior, mas o projeto já foi de grande ajuda”, comenta. Ele lembra ainda que esta proteção tem garantia de cinco anos, mas costuma durar por mais tempo, e por isso é um investimento que vale a pena.
O cultivo protegido consiste em uma técnica que possibilita certo controle de variáveis climáticas
como temperatura, umidade do ar, radiação solar, vento e animais que se alimentam dos frutos e folhas. Esse controle se traduz em ganho de eficiência produtiva, além do que o cultivo protegido reduz o efeito da sazonalidade, favorecendo a oferta mais equilibrada ao longo dos meses.
“Nos últimos anos, vemos que as alterações climáticas podem prejudicar e danificar a produção de um ano todo. Essa é mais uma antiga reivindicação dos agricultores da cidade que conseguimos atender e que se junta a tantos outros programas que oferecemos”, comenta o gestor da UGAAT, Eduardo Alvarez. “Outro ponto positivo é que essas proteções são duradouras e permanecerão protegendo as plantações por mais de uma safra”, complementa.
Além das produções de frutas, o programa também atende agricultores de hortaliças, mais susceptíveis às mudanças climáticas nesta época fria do ano. O edital deste ano já foi realizado, no mês de maio, mas os produtores que adquirirem os equipamentos de proteção como telas e outros podem guardar as notas fiscais para utilizá-las no próximo edital, que será realizado no ano que vem.
O valor será creditado para as propriedades inscritas e que comprovadamente sejam produtoras de frutas e hortaliças, com área produtiva estabelecida em Jundiaí, desde que apresentada a nota fiscal da compra do revestimento.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)